Lá estava eu ainda nos lugares que não deveria. Acordei, olhei mais uma vez o que me rodeia há tanto tempo. Não aguentei, olhei para dentro de mim desesperei-me. Poxa, já sei o caminho a trilhar, a distância a percorrer, o tempo que leverá. Por que não me levanto e vou, por que não vou e me levanto?
Difícil ficar, difícil ir, difícil..... Acabo ficando pelas paragens do caminho. Uma em especial atrasa minha partida. Lá tem um lindo pé de ipê, tem boa música, cachaça da boa. Tem carinho, afeto, afago, amizade de verdade... Tenho muitas raízes espalhadas nesta terra, muitas no quintal desta casa.
Ninguém vai pra sempre, como ninguém fica pra sempre. Acabamos no final estando em todos lugares e com todas as pessoas que estão dentro da gente.
Cortar as raízes é impossível. Vamos e voltamos, mas sempre estamos olhando um belo ipê, ouvindo uma bela canção e reconstrindo nosso coração cujas raízes insistimos cortar sem sucesso. A melhor canção acaba; o melhor beijo acaba; o melhor sexo acaba; a cachaça sempre acaba e no fim tudo que acada renasce, reaparece noutro lugar, com outras pessoas, noutros copos. Ficar ou ir pouco importa quando temos o que mais precisamos dentro de nós... Se eu for levarei todo este cenário comigo e se ficar outros cenários somarão aos que já são meus.
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