sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Primeiro de janeiro

Sensação de início acumulada com a de fim. Sensação do velho aguardando o novo. Garrafa acabando de gosto conhecido, apreciado ou não ao lado de outra esperando para ser aberta com a expectativa de gosto e buque melhor. Milhares de pessoas de roupas novas, muitas de branco, rezando, outras orando, outras só esperando. Muitos ansiosos, outros nem tanto; outros bebendo, outros tantos bêbados... Quase sempre assim é o 31 de dezembro de um ano. Último dia e também, pós meia noite, primeiro do ano que se inicia. Propostas, projetos, planos e promessas são feitos para os dias que virão. A sensação sentida é como se um passe de mágica mudasse tudo no primeiro minuto do novo ano. A energia despendida no último dia de um ano e nos primeiros minutos doutro são na grande maioria positiva e contagiante. O céu da meia noite se ilumina e o som dos fogos noticiam que o calendário mudou... É ano novo; janeiro começa com festa, amigos, parentes e muita expectativa movendo até os mais céticos. Fim de uma etapa, de uma folhinha toda, último gole da garrafa vazia... fim de um ano.
Folhinha nova, primeiro gole da garrafa recém aberta, mais um janeiro de dias quentes e noites, quase sempre, chuvosas. Assim começa o ano no início do verão tropical brasileiro, assim começa ou recomeça nos planos, promessas e projetos de uma vida nova como o ano. Mais um ano para se viver, esperar e fazer ou refazer, mais uma chance.
Da minha parte a garrafa que se acaba foi uma das melhores. Teve gosto amargo, mas ensinou-me a apreciar o doce que há no final de cada copo. Dos últimos anos, não me lembro outro que tenha sofrido tanto. Aprendi e por isto foi o melhor, um verdadeiro marco, divisor de águas... No balanço final que sempre fazemos nesta época, o saldo foi extremamente positivo, é possível que o mais positivo dos últimos anos... Enfim, hora de iniciar outro ano que sem dúvida será melhor em razão das dificuldades vividas que só me tornaram melhor, me fizeram crescer e estar pronto para o melhor da vida. Agradeço ao vinte dez que acaba e todos personagens que contribuiram para as mudanças que desaguam num novo e lindo tempo... Que venha 2011 com seu novo sabor e aroma, pois estou pronto para bebê-lo com mais amor!!!
Adeus 2010, ano que ficará para sempre na minha memória...

sábado, 25 de dezembro de 2010

Natal, Roberto Carlos e cavalhada

Hoje natal de 2010 terminará com show com Roberto Carlos na praia carioca de copacabana... Puta vontade de estar lá, mas não sendo possível vamos assistir pela televisão mesmo, curtindo cervejas bem geladas em ótimas companhias. Amanhã depois de anos vou montar a cavalo e participar da tradicional cavalhada de Atibaia... Bom natal!!!

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Natal e Quércia

De um tempo considerado, não gosto do natal. Nos últimos, ceiei cedo e cedo fui para cama... Noutros, em tempos mais remotos, curti mais, especialmente quando minhas avós eram vivas e elas, inegavelmente dão um sentido a mais para essa data.
Quando se tem filhos, especialmente pequenos, há um sentido maior para data, diante da magia que certo ou não, envolve a data dando-a ares de grande comemoração e trocas de presentes, brinquedos de preferência.
O tempo vai passando e não tendo filhos ou crianças a magia se perde e sobra só o comércio que infelizmente domina a data que se diz ter nascido Jesus Cristo, figura central da fé cristã...
Não tenho filhos, ainda, mais sobrinhos que hoje, como nos natais passados move-nos a comemorar mesmo não querendo essa data. Mas, no íntimo não me agrada o natal pois me remete aos queridos parentes e amigos ausentes! Ano passado dormia na passagem do dia 24 para o dia de natal, já esse ano cá estou acordado depois de um dia muito especial e no meu quarto lendo e escrevendo nesse espaço que por vezes parece um diário.
Hoje pela manhã o natal ficou ainda menos alegre com o falecimento do ex-governador do Estado de São Paulo, Orestes Quércia, que há anos me ligava no dia de meu aniversário e comigo conversava como se fossemos íntimos amigos... A morte acaba redimindo e de certo modo corrigindo injustiças e com Quércia se deu esse fenômeno, pois criticado por muitos, sua partida engrandeceu-o dando a devida importância ao grande desenvolvimentisma e municipalista que foi. vereador, prefeito de Campinas, Senador, vice-governador e governador do Estado mais importante da federação, Quércia deixou marcas importantes na política recente do nosso País. Evidente que cometeu muitos erros em sua trajetória, mas de tudo que se disse em seu desfavor, muito mais foi injustiça que verdade. Quércia, como Brisola e tantos outros políticos comprou briga com parte da imprensa brasileira e pagou muito caro com isso, mas a repercusão de sua morte hoje mostra sua importância. Meu natal, apesar do dia inesquecível ficou mais triste do que de costume e meus próximos aniversários não terão mais a agradável ligação do ex-governador que conversava comigo como se próximos fossemos...
É quase meia noite, casa cheia, sono chegando e mais um natal que se comemora, mesmo não se querendo, rsssssssssss Feliz Natal

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Maria Gadu e sua melhor música pra mim

Aportar ou seguir viagem? Navegar ou voar? Ficar ou partir? Que importa, se o que importa é não estar sozinho. As ondas ou a térmica são desfavoráveis sempre quando falta a companhia desejada. Navegar ou voar, ficar ou partir não importa. Navegar é preciso viver não é preciso, já disse o poeta



segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Dia quente

Mais um dia quente, típico do verão nos trópicos... Calor intenso, ideal para dias de férias como os meus, contudo, mesmo de férias não me agrada esse calor, aliás nunca me agradou. Sou do cobertor, do calor...humano, do vinho, da pipoca, da serra, da sombra. Verão não é minha cara, rssssss Digamos alguns dias sim! mas poucos... No mais, estou contando os dias para os dias no inverno italiano... Será meu primeiro encontro com a neve, espero que nos entendamos bem, afinal meus dias de frio por aqui estão bem longe do inverno italiano, especialmente desse ano.... Do calor da praia direto para o frio de Milano. Vamos ver no que dá.....

Maria Gadu

Começando a semana com uma linda versão de trem das onze (Adoriram Barboza) na voz de Maria Gadu.

Últimos dias de 2010, ano difícil, de lindos dias outros extremamente difíceis. Horas intermináveis que ficarão para sempre na minha memória, mudanças extremas que mudarão pra sempre meu futuro. Chega de papo, vamos à canção:

domingo, 19 de dezembro de 2010

O homem verso a si próprio

O ser humano é reflexo de suas crenças, atitudes e de seu meio.
A miséria da humanidade nada mais é que o reflexo do egoismo, desamor e da inaceitável ignorância do homem... Entende-lo, bem como suas ações irracionais necessita compreender alguns sentimentos repugnantes. É preciso descer ao lodo para entender certas ações, enfim...
Pobre homem que tanto busca e quer e esquece de olhar seu próximo e suas necessidades mais básicas. Infeliz daquele que quer para si algo que não precisa e que falatará para alguém. Pobre homem rico que caminha sem rumo e sentido. Despertar, é o que mais precisamos enquanto ainda temos tempo para ser homens...

sábado, 11 de dezembro de 2010

Muito calor, ardor, suor, batata frita...
Bom companhia, cerveja gelada, alma lavada, tudo ao som de Maria Rita cantando samba no centenário de Noel Rosa...



terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Bens preciosos

Qual ou quais seriam hoje, o bem mais ou bens mais preciosos da humanidade? Ouro? conhecimento? tecnologia? dinheiro, poder? Para mim nada disso... nao e de hoje que acredito pielmente que a saude, bem maior e mais preciso e o controle absoluto sobre nosso tempo sao os bens mais preciosos que podemos ter.
Diz pra mim, de que adianta, ser rico, se nao se tem saude? Ou ter poder, mas nao poder ser dono de nosso tempo? Nada.... de nada adianta, grana, poder, etc, se nao temos saude e controle de nosso tempo.
Senao vejamos:
A saude e sem duvida bem maior que possamos ter, pois sua falta nos impossibilita de usufruir qualquer outro bem que exija estarmos bem e dispostos. Uma simples dor de cabeca, nos impede de fazermos com prazer bens minimos como tomar uma cerveja, andar sob o sol do verao....
Ja o controle sobre nosso tempo tambem e um grande e precioso bem, pois senao podemos controla-lo tambem nao podemos usufruir de prazeres dos mais comezinhos aos mais importantes como viajar, ler, comer com prazer, fazer sexo com calma e demorado, rsssssss.
Enfim, os valores estao distorcidos hoje. A necessidade de ficar rico, de ter carro do ano, de morar na cidade mais poluida possivel, de trabalhar mais e mais horas possiveis, para se ter mais e mais grana no bolso para gastar com coisas cada vez mais futeis e uma constante consciente ou inconsciente na nossa sociedade voltada para o que se possa ter e nao para o que se e....
Fico com meus valores diferentes dos da maioria, alias, novidade, rssssssssss mas sei cada vez mais que se e preciso bem pouco para ter os bens mais ricos que possamos ter, enfim, um ponto de vista para reflexao, nada mais, afinal, nunca fui e nem pretendo ser dono da verdade, que por sinal e totalmente relativa.

Relogio, Bem viver, Pedra Noventa, Fluminense e calor

Dias depois da ultima postagem volto para escrever sobre assuntos variados que marcaram a semana. O 'Note' ainda esta no conserto, razao maior do sumisso e da falta de pontuacao no texto.
Numa mesa de bar apos almoco de terca-feira, eis que o papo sobre politica avanca pela tarde e invade a noite. Num determinado momento uma grande surpresa seguida de um grande presente alegram-me profundamente: o relogio de bolso que pertenceu ao meu trisavo, depois ao meu bisavo e depois ao meu saudoso tio-avo Zezinho que, infelizmente, meu avo se desfez, apareceu na mesa dado-me de presente pelo Lucas Jorge que o comprara ha cerca de dois anos.... Nao contive as lagrimas, as mesmas que cairam quando eu soube da venda do relogio. Raro e com certo valor economico, seu valor emocional nao tem preco para mim que tanto valor dou as coisas de meus ascendentes. Ganhei o dia, a semana, ganhei um presente que nao esperava mais poder ganhar. Para muitos, o relogio so teria o valor de mercado, mas para mim te-lo comigo nao tem preco... Sinto-me mais dono do tempo e mais proximo dos que ja se foram.
Sexta a noite assistindo ao Globo Reporter bem acompanhado, emocionei-me mais uma vez... desta vez revendo minha bela Italia, minha segunda patria, patria de grande parte de meus antepassados (62,5%, rss). A reportagem retratou algo que ha cerca de dez anos venho defendendo, logo que tomei conhecimento do entao projeto: slow cities ou cittaslow, hoje: cidades do bem viver...
Numa bela reportagem revi lugares visitados e especialmente, tomei conhecimento de como anda o projeto que acredito ha muitos anos. Viver bem com poucos recursos financeiros, mas com boa qualidade de vida, resultado da contemplacao sem stress; de acoes saudaveis; de comida proxima de onde se e produzida... de bom vinho, bom azeite, bons amigos, boas prosas, paisagem linda...
Minha preferencia pela pequena cidade a metropoles; de comer devagar e sentir a comida acorreria de nossas refeicoes; de uma boa prosa regada de bons aperitivos e boa musica ao invez de uma balada barulhenta e sem dialogo, do campo a aridez da vida urbana me fazem defensor ardente ao projeto retratado na reportagem. Se eu pudesse faria de Atibaia a primeira cidade brasileira do bem viver... Minha cara, meu sonho de vida.
No sabado, nas minhas andancas matinais por minha querida Atibaia, uma tristeza: A morte do Arizinho do Pedra Noventa. Ari Gallo Filho, foi grande violinista, componente do grupo Pedra Noventa, que tanto fez parte da minha vida noturna em Atibaia. Quantos foram as vezes que os vi cantar e tocar nos bares por minha cidade, especialmente no saudoso Balaio que tanto frequentei nas noites de sexta-feira... Atualmente cantavam no bar Pernil do meu amigo Serginho, onde pude reelembrar os momentos bons ao som dos amigos do Pedra Noventa. Com a morte de Ari, ou havera uma restruturacao no grupo ou sera, quem sabe seu fim, e assim fim de uma historia que participei ouvindo e cantando cancoes de uma epoca que nao era para ser minha, mas adotei-a com amor.
No domingo, meu time carioca, Fluminense, depois de 26 anos conquista o mais importante titulo brasileiro, e, melhor, deixa o Corinthians sem nada no ano de seu centenario... rsssssssssss alegria dupla para um saopaulino, torcedor do tricolor carioca.
No mais o calor e as fortes chuvas do final de novembro e inicio de dezembro revelam um clima cada vez mais confuso e preocupante. Adoro a chuva, acho que ja postei algumas vezes sobre isso, mas o calor nao me agrada, nao sinto-me bem com ele, enfim, dias quentes e muitos especiais bem vividos por quem e apaixonado pela vida..





segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Últimos acontecimentos


Uma semana sem postagem por aqui resultado de uma semana muito agitada, fatos agradáveis, como a confirmação da eleição do Beto Tricoli como deputado estadual e as duas comemorações que fizemos, e outros desagradáveis como o infeliz desentendimento com Valéria na madrugada de sexta, uma das mais difíceis madrugadas de toda minha vida, fizeram com que nada fosse postado. Emil é eleito presidente da Câmara. Reuniões políticas, avanços nas conversações com LFG, enfim agito e inquietação ... Desistência da minha esperada viagem a Bahia, ou pelo menos adia-la por tempo indeterminado.
No plano nacional o Rio de Janeiro vive uma guerra triste mais há muito necessária e a nova presidente escolhe novos velhos nomes para um governo de completa continuidade... Enfim, novembro está ficando para trás e o último mês do ano está logo aí. Dezembro sempre me foi o mês mais triste, pois nunca gostei de natal e do clima de puro comércio que o envolve, contudo, foram tantos meses tristes neste ano, que pela primeira vez eu aguardo ansioso a chegada do natal e do final do ano para celebrar um ano novo e minha nova vida construída passo a passo nestes últimos meses...

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Música e poesia. Um pouco mais de Mário Quintana: Boboletas

Ser feliz é viver morto de paixão - Vinicius de Moraes

Será que o poeta tinha razão quando disse que: "...ser feliz é viver morto de paixão.." Sei não, talvez. Aliás os poetas lidam bem melhor que nós, mortais, com esta história de paixão...
Nós mortais nos tornamos assim quando nos apaixonamos, já eles, os poetas, mais imortais na paixão.
Nós, mortais, morremos de paixão, já eles vivem melhor com ela.
Difícil saber se ser feliz é viver morto de paixão, mas é certo que a paixão nos mata aos poucos. Viver sem ela é ter a falsa sensação de imortalidade, pois sem se apaixonar-se já estamos mortos sem saber.
De nada vale a vida sem se apoixar-se.
De nada vale não querer morrer de paixão se estamos verdadeiramente mortos quando evitamo-la.
Melhor então é morrermos todos de paixão, assim quem sabe, nos tormamos poetas também e não alcancemos a imortalidade tão desejada.

Adriano Bedore

Um pouco de Mário Quintana: Um dia



Certezas

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Dia vazio

Hoje, dia seguinte a importantes decisões, o dia parece estar no vácuo, rsssss Passam as horas, trabalhos realizados, ações executadas, mas tudo parece estar em camera lenta. Já me sinto estranho no meu escritório; não me sinto mais parte dele, embora tenha idealizado e feito cada espaço, cada canto...
Dia estranho, day after, diria, não chove, não molha, sabe como é?! No mais, tudo indo bem, passo a passo, no tempo certo, mas agora direfente em quase tudo....

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Um pouco de música

Quero terminar meu dia de postagens com mais uma bela canção.
Hoje meu dia está sendo muito especial. Início de novos caminhos, novos desafios... muitas coisas novas. Vamos lá ver no que dá, vamos lá mudar, inovar...

Acordar

Acordei lembrando a poesia de Ferreira Gular - Traduzir-se - e fez-me divagar...
Acordei pensando na feia e bela e eterna e estranha contraditoriedade do meu ser...
Acordei admirando-me por ser indecifrável e ao mesmo tempo previsível, as vezes.
Acordei pensando na beleza das contradições que me acompanham, na alegria de contestar mesmo não querendo, de dizer sim negando;
Acordei pensando na paixão pela discussão mais pura, pelo debate mais intenso sem a mínima intensão de querer estar certo, aliás querendo não estar quase sempre;
Acordei pensando na inquietude do meu coração já aberto por um cirurgião atrevido.
Acordei imaginando o mundo cinza dos iguais, da eterna concordância dos néscios, da calmaria do lago em contraponto ao revolto mar...
Acordei querendo menos respostas e muito, mais muito mais perguntas...
Acordei querendo mais amor, menos dor, disabor, medos, receios, mais desafios, querendo o desconhecido que sinto chegar cada vez mais perto.
No fim acordei feliz por ser tão contraditório, tão complexo e ao mesmo tempo tão único, coeso, com partes tão diferentes formando um todo igual. Acordei e por ora basta acordar; o resto nada importa diante da vida que começa com despertar de mais um belo dia de novembro cheio de expectiva, de vida, de contradições...

Adriano Bedore

Traduzir-se



Sobre Ferreira Gular:



Poema Sujo:

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Fernando Pessoa por aqui...



Onde você vê um obstáculo,
alguém vê o término da viagem
e o outro vê uma chance de crescer.
Onde você vê um motivo pra se irritar,
Alguém vê a tragédia total
E o outro vê uma prova para sua paciência.
Onde você vê a morte,
Alguém vê o fim
E o outro vê o começo de uma nova etapa...
Onde você vê a fortuna,
Alguém vê a riqueza material
E o outro pode encontrar por trás de tudo, a dor e a miséria total.
Onde você vê a teimosia,
Alguém vê a ignorância,
Um outro compreende as limitações do companheiro,
percebendo que cada qual caminha em seu próprio passo.
E que é inútil querer apressar o passo do outro,
a não ser que ele deseje isso.
Cada qual vê o que quer, pode ou consegue enxergar.
"Porque eu sou do tamanho do que vejo.
E não do tamanho da minha altura."

Tempo de travessia

Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.

Patativa do Assaré

Em início de clima nordestino, afinal viajo em poucos dias, resolvi postar estas duas lindas poesias cantadas do saudoso poeta cearense, Patativa do Assaré:



segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Diário de um feriado cheio de lembranças





De início preocupei-me com a proclamação da república.... Claro que com o ferido, rssss, afinal não sou monarquista; parlamentarista sim, mas republicano convicto, contudo acabou que minha preocupação foi tola e o feriado foi cheio de lembranças agradáveis com amigos especiais, dispostos a por fim ao velho regime e a proclamar comigo uma nova ordem de coisas, tal como fizeram os republicanos de 1889.
A sexta que antecedeu ao feriado foi extremamente produtiva, divertida e no final perfeita. Estive no patronato e acho que um dos meus processos de cidadania está concluído definitivamente. Passei a tarde toda no shopping Tatuapé, zona Leste de Sampa, onde me diverti como há tempos não divertia (impublicável, rsss). Tive que fazer hora, digo horas, até ser pego pelo Marco Antônio na Barra Funda, onde por uma grande coincidência encontrei no meio da multidão daquela imensa estação o irmão do Rodolfo de Nazaré. Aproveitei para comprar um lembrancinha para o JP que seria batisado no dia seguinte na cidade de Santos. Após horas de espera, eis que encontro o Marco e juntos partimos para Atibaia via o belo caminho da serra da Cantareira, o qual nos remeteu a muitas lembranças.... muitas. Apesar de nossos contatos quase diários nossa viagem e o dia seguinte foi nostalgico e voltado para um futuro próximo. Chengando, depois de anos de ausência, o Marco reviu minha família e fomos para o excelente bar do Seo Dito e depois para Villa D´Este onde o hospedei com as honras do rancho mais charmoso da serra mais linda da região, minha paixão. No dia seguinte café da manhã na querida rua direita de nossa querida cidade e depois do almoço retorno do professor para a capital. A noite festa do Nishi no bar do Tiochi depois baladinha na Ego (show de bola, impublicável também). Dia seguinte recebo outro grande e velho amigo, Rodrigo e sua amável amiga Raquael e faço à eles um almoço na Villa D´Este onde ficamos até o anoitecer, lembrando muito de um passado próximo, rsssssss. No final do dia, volto para Villa D´Este desta vez para um festa impublicável e cujos convidados também ficarão eternamente no anonimato. Foi uma noite inesquecível e muito especial para muitos e em especial para mim...
Já estamos na segunda, ou seja, hoje. A tarde volto para Villa D´Este desta vez com duas amigas do mesmo tempo do Marco e do Rodrigo: Selminha e Deyse e sua família. Mais uma vez muitas recordações de um tempo que uniu um grupo de amigos que aos poucos se reencontram e revivem uma amizade de uma vida. Agora cá estou cansado na casa de meus pais, acabando o dia da proclamação da república que há pouco tempo atrás traria lembranças recentes e não queridas. Não tive tempo de lembrar do Marechal Deodoro, nem do feriado do ano passado, mas mesmo que tivesse tido tempo lembraria com serenidade há algum tempo não imaginada.
A linha do tempo é engraçada, vai marcando novos encontros, pessoas, períodos, muitas vezes reencontros especiais como os que tive neste feriado. Amanhã começo a dieta, os treinos, afinal Salvador e Ilheus estão chegando... Reencontrar e estar com o Marco, Rodrigão, Selminha e Deyse meus velhos amigos e com os novos e tão especiais quanto os demais, fez-me feliz, com muitas lembranças de um passado que uniu amigos de uma vida toda e com projetos novos nunca dantes imaginados. Semana cheia, corrida, mas renovada com um feriado especial. Vou ficando por aqui, super cansado e cada vez melhor, prestes a encerrar um velho regime e proclamar um novo ...



Adriano Bedore


sábado, 13 de novembro de 2010

Roberto Carlos

Acho que os leitores (poucos e corajosos) já perceberam que apesar dos meus 21 anos, adoro Roberto Carlos e olha que nem é influência de meus pais, os quais deveriam curtí-lo mais que eu (rsss) ... pois é meu gosto para música, bem como para tantas outras coisas, é extramamente eclético. Há exatos um ano, acordei as sete da amanhã para assistir um de seus shows. Cantei, chorei com um amigo que também estava na viagem e vi que não era o único de 21 anos que também curtia Robertão, rsss. Vai aí, então, parte do especial: Elas cantam Roberto da Rede Globo do ano passado:











Ipiranga com a São João

Em homenagem as avenidas que atravessei ontem na querida capital do meu Estado, que aliás andei pra 'caramba' ontem, coisa de quem não tem carro bom, mas mesmo que tivesse não se atreveria andar por não saber e nem querer dirigir na metrole rssssssssss.
Eu que sou um priviligiado em morar apenas 60 Km de Sampa, ou uma hora de 'busão' confortável, cada vez mais curto ir para Sampa passar um dia inteiro ou, as vezes, um final de semana, tenho menos vontade de acordar e dormir todo dia por lá. São Paulo de Piratininga que aprendi amar há pouco, mesmo já tendo morando na época de minha facu, aliás saudades da estada em Sampa, das coisas vividas, do ap da Liberdade, do Itaim Bibi, das pessoas que viveram comigo, das poucas noites na rua (burro, rsss), da garoa fina das manhãs corridas. Vai está homenagem ai:

Meses de lacuna no blog



Acabei de perceber, através do histórico do blog, que os meses de junho, julho e agosto, passaram em branco neste blog. Silêncio sepulcral. Cerca de cem dias, talvez bem mais que isso. Dias muito difíceis... Também produzi bastante, mas nada postado por aqui, quem sabe um dia numa obra de auto ajuda, rssss. Dias de aprendizado intenso, epecialíssimos pela depuração, transformação, inquietação, indefinição, dor, muita dor, tristeza. Angustia vivida minuto a minuto, espera sem fim até que o vi...
No começo recusei a aceitá-lo, enxergá-lo, mas percebi que continuar era o meu prórpio fim. Precisava levantar, hora do recomeço, de novos projetos, de amar, primeiro, quem mais precisamos amar: nós mesmos.
Como um bebê que aprende a andar devagar, caindo muito, a gente começa passo a passo, dia a dia, conquistando nossos horizontes, caindo menos, indo mais longe sem alguém por perto, sorrindo com as quedas, chorando com outras e andando, andando, cada vez mais longe.
Entendi que não tem angustia, quem não tem com o que preocupar-se; não sofre quem não tem sensibilidade; não chora quem não tem perdas; não tem perdas quem nada tem e vive de ilusão. Não se deprime quem não se importa com nada e com ninguém. O egoísta vive bem, pensa que vive.
Quer saber, não conheço ninguém que valha a pena que não tenha tido vários momentos de reflexão, de dor, de desamor, de angustia, de depressão. Infeliz, dos que não sofrem, dos que não se importam com suas vidas e pior, com as vidas alheias... Sou feliz por chorar, sou feliz por sofrer, sou feliz por tentar reencontrar-me com calma, segurança, por ter amigos verdadeiros, sinceros, família presente (até demais, rsss). Triste é querer sorrir quando se quer chorar, triste é estar no mar quando se quer amar, triste é querer voar quando só se pode andar... triste mesmo é não perceber que se está triste. Continuo triste, consciente que é uma das minhas melhores fases, consciete que preparo-me para o melhor da tristeza: a fase feliz que dela sempre nasce. Como diz o poeta - tristeza não tem fim, felicidade sim...

Adriano Bedore

Amizade renovada



Interessante como velhas amizades são renovadas mesmo que o tempo separe os amigos. Ontem e hoje tive provas disto. Após anos de falta de contato mais próximo e por mais tempo, renovei uma grande amizade de anos.... Foram horas e horas de conversa, como se o tempo não tivesse passado e ao mesmo tempo tudo passado entre cada um tivesse sido de alguma forma acompanhado e sabido pelo outro. Começamos o papo na viagem de volta para Atibaia, via bella serra da cantareira, que tantas lembranças nos trouxeuram. Falamos sobre tantos assuntos: nossa infância, adolecência, primeiras paixões, beijos, trotes, colas, provas, aniversários, festas... amigos em comum, professores, os que já se foram, poxa, quantos já viajaram fora do combinado, e aí temos a clara impressão que o tempo passou depressa. Nossa quanta recordação e ao mesmo tempo tanta renovação por muitos e muitos anos de amizade.
Pela primeira vez ele foi meu hospede na Villa D'Este, antes de passar em casa e rever minha família, sem claro com muitos comentários do tipo: nossa sua imrmã não mudou nada; seu irmão sim; suas sobrinhas são lindas; seus pais continuam iguais, etc, etc....
Depois jantamos no Seo Dito, point mais badalado no momento em Atibaia, e fomos para Este continuar um papo que pareceia não ter mais fim.... Nem com o remédio para ajudar o sono, o assunto acabava e o vento fazia parte da trilha sonora da noite.
Pela manhã café da manhã na cidade de crescemos, quero dizer, ele cresceu, rsssss, depois almoçamos com mais conversa, mais recordações e mais certezas de um futuro mais próximo. Viagens em comum, possíveis trabalhos em comum, história que continuava renovar-se.
Engraçado como amizades verdadeiras não diminuem com tempo e com as distâncias. Engraçado como recordar o passado é tão prazeroso que nos remete a instantes nostálgicos de um passado que parece voltar aos nossos olhos por uma tela de cinema cuja a fita é nossa memória. Rimos muitos das coisas que aprontamos, das molecagens, dos momentos difíceis e tudo que fez parte de nossas vidas. Tudo que passamos juntos e que pensamos ser possível ainda passar.
Foi bom passar mais um dia contigo Marco, horas alegres e regadas de muita história vivida e a viver. Amanhã te espero para o carneiro. Abraços.....

Adriano Bedore

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Um pouco de Lord Bayron

Eat, drink and love: what can the rest avail us?" (Coma, beba e ame: o resto, de que nos serviria?)

Os espinhos que me feriram foram produzidos pelo arbusto que plantei...

A recordação da felicidade já não é felicidade. A recordação da dor ainda é dor

O homem sendo racional deve embriagar-se: o melhor da vida é a intoxicação!

O amor nasce das pequenas coisas, vive delas, e por ela as veses morre

Raízes

Depois de quatro meses acabei de atualizar meu livro. Trabalho de genealogia é assim: nasci, morri, casa-se e aí temos que atualizar até que a tão sonhada edição aconteça e um grande sonho meu se realize. Acrescentei o casamento da Jana (ufa, depois de 13 anos de namoro, já era hora, rsss) a morte do João Batista, ontem e principalmente as notícias que recebi da Itália que tanto me deixaram feliz. Acho que, vez ou outra, vou postar alguma coisa do livro por aqui, sei lá.... Como passamos recentemente pelo dia de finados, vou postar uma página que dediquei aos parentes que já se foram no curso das minhas pesquisas genealógicas:

Saudades

“Os parentes mortos e vivos,já não distingo os que se foram
dos que restaram, percebo apenas a estranha idéia de família
viajando através da carne”

Carlos Drumund de Andrade

No transcorrer da pesquisa genealógica que se iniciou aproximadamente em 1995 e 1996 e culminou com este trabalho, infelizmente faleceram os seguintes parentes próximos que convivi ou apenas conheci:

Paulo Bedore – primo do meu pai * 30.MAIO.1952 + 13.AGO.1996 – Marília/SP
IRIDE BACHEGA BEDORE – avó paterna * 05.SET.1923 + 11.JAN.1997 – Atibaia/SP
Benedito Peçanha – tio-bisavô mat. * 30.MAR.1918 + 21.MAIO.1997 – Atibaia/SP
Lygia Leite Peçanha – tia-bisavô mat. * 05.AGO.1919 + 27.AGO.1997 – Atibaia/SP
Lairton Delcin – primo do meu pai * 1957 + 07.OUT.1997 – São Paulo/SP
Oswaldo Bedore – primo do meu pai * 1944 + 16.FEV.2000 – Lins/SP
Rute Freitas Fangiuli – parente da minha avó materna * 1923 + 02.JAN.2002 – Atibaia/SP
Olga Bachega Caliani – tia-avó paterna * 24.OUT.1925 + 09.JAN.2002 – Getulina/SP
Benedita F. L. Bedore – tia-avó paterna * 28.MAIO.1915 + 03.MAR.2002 – SãoPaulo/SP
Antônio Bigulin – primo do meu pai * MAIO.1953 + 01.DEZ.2002 – Jales/SP
João Batista de Freitas – tio-avô materno * 13.ABR.1919 + 17.JAN.2003 – Rio de Janeiro/RJ
Mário Gardinal – primo do meu pai * 1940 + 16.FEV.2003 – Lins/SP
Dias Bedore – tio-avô paterno * 28.FEV.1920 + 20.OUT.2003 – São Caetano/SP
Lourival Andrade Silva – tio-avô paterno * 1912 + 13.DEZ.2003 – Getulina/SP
Elsio Bachega – tio-avô paterno * 04.AGO.1933 + 29.FEV.2004 – Araçatuba/SP
Sebastião Lázaro da Silveira – primo 2° do avô materno* 01.AGO.1928 + 06.MAIO.2004 – Atibaia/SP
OSCAR BEDORE – avô paterno * 04.ABR.1924 + 09.MAIO.2004 – Atibaia/SP
Nelson Bassi Bachega – tio-avô paterno * 30.SET.1927 + 11.ABR.2005 –Araçatuba/SP
Antônio de Andrade – primo do meu pai * 07.JUL.1947 + 20.JUN.2005 – São Paulo/SP
Waldemir Fangiuli – parente avó materna * 26.SET.1946 + 21.DEZ.2005 – Atibaia/SP
Teresa Spigolon – prima do avô paterno * 04.AGO.1919 + 21.ABR.2006 – Este/PD
Dirce Bachega Silva – tia-avó paterna * 24.JUL.1919 + 28.AGO.2006 – Getulina/SP
Helena Leite Bonisegna – prima do avó materno * julho de 1947 + 01.JUN.2007 – Atibaia/SP
José Benedito De Carlo – tio avô materno *21.SET.1923 + 18.JUN.2007 – Atibaia/SP
Alda de Paula Freitas Pinheiro – tia-avó materna *04.NOV.1916 + 27.OUT.2007 – Atibaia/SP
Idalina Alves de Oliveira Bedore – tia paterna * 12.JAN.1953 + 10.MAR.2008 – Atibaia/SP
Iraci Noviski – tia-avó materna * 03.MAIO.1926 + 02.AGO.2008 – Atibaia/SP
Gino Bedore – tio-avó paterno * 13.AGO.1917 + 30.OUT.2008 – Lins/SP
Carlos Nucci – primo do meu pai * 1940 + 12.NOV.2008 – São José dos Campos/SP
Marie Alminda Leite Fangiulli – prima do meu avô materno * 30.OUT.1953 + 26.JAN.2009 – Atibaia/SP
JULIETA FREITAS DE CARLO – avó materna * 21.MAIO.1925 + 04.OUT.2009 – Atibaia/SP
Leonilda Bachega Bigulin – tia-avó paterna * 15.SET.1921 + 08.OUT.2009 – Jales/SP
João Batista Leite – primo do meu avô materno * 30.SET.1943 + 09.NOV.2010 – Atibaia/SP

Saudades também dos seguintes parentes que conheci, mas que faleceram antes do início das minhas pesquisas: Achille Bedore + 12.JUL.1978 S.Paulo ( tio-avô paterno); Maria do Carmo Leite De Carlo + 20.DEZ.1980 Atibaia (bisavó materna); Antônio De Carlo + 18.JAN.1983 Atibaia (bisavô materno); Rau Bedore + 27.AGO.1985 S.Paulo (primo do meu pai); Ida Bassi Bachega + 04.FEV.1989 Getulina (bisavó paterna); Benedita Freitas Maximiliano + 29.JUN.1989 S.Paulo/Atibaia (tia-avó materna); Hugo Bedore + 18.SET.1991 Araçatuba/Lins (tio-avó paterno); Maria Bedore Sellari + 26.DEZ.1991 Getulina (tia-avó paterna); Luiz Calliani + 16.JUL.1993 Getulina (tio-avó paterno); Iduvirgem Bombarda Bachega + 16.MAIO.1994 Araçatuba (tia-avó paterna) e Roberto Aparecido De Carlos + 26.JUN.1994 Amparo/Atibaia (tio materno).

Samba da Benção

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Turbilhão de pensamentos

Uma enxurrada de ideias toma conta de mim. Tento fazer diques, barragens, mas a vazão é maior. Estou no meio de um turbilhão de pensamentos, conceitos, desejos, tudo ao mesmo tempo. Que faço? Fecho as comportas e diques, ou deixo tudo invadir e ver a nova paisagem que surgirá? Não sei ao certo, mas sei que os medos e receios se foram água abaixo e já fazem parte do oceano, por isso quero ser como o poeta que vive todas vidas.
Quero espremer limões e fazer uma bela limonada. Quero queimar madeiras e fazer uma bela fogueira. Quero abrir a barragem e alagar o campo verde. Quero destruir conceitos e construir poesia.
Não quero só respirar; quero viver, viver pra sempre sem diques, sem barragens, grades, viver livre sempre. Quero marcar minha passagem e não estar de passagem...

Adriano Bedore

CONFESSO QUE VIVI -

“Talvez não tenha vivido em mim mesmo, talvez tenha vivido a vida dos outros.
Do que deixei escrito nestas páginas se desprenderão sempre – como nos arvoredos de outono e como no tempo das vinhas – as folhas amarelas que vão morrer e as uvas que reviverão no vinho sagrado. Minha vida é uma vida feita de todas as vidas: as vidas do poeta.”

Pablo Neruda

Jusficativa sobre as músicas no Blog

Juro, que não tinha e nem tenho a intenção de transformar este blog num espaço musical de mau gosto, rssss. Acontece que de um tempo prá cá, a música tem me acompanhado como nunca. Quem diria, que um dia ela seria tão importante para mim, aliás, quem diria tantas coisas, mas enfim ...
Mudadmos e que bom que mudadamos!
Inicialmente esse espaço foi idealizado para postagem de vídeos feitos por mim para discutir assuntos, dos mais diversos como: política, filosofia, história, poesia, memórias, cronicas. Enfim, o objetivo era elaborar filmes e postá-los, o que ainda farei (fase de produção, rss), mas acabei escrevendo algumas bobagens e postando músicas que curto e quero dividir com os que acessam esse espaço que terá que ter novo nome, rsss.
Talvez, impressões, ideias e músicas; quem sabe: Música e bobagens; ou quem sabe, música e um pouco de tudo. Seja como for, vou postando aquilo que entendo deva ficar registrado, seja uma poesia, algo do cotidiano, fotos, memórias e agora músicas, afinal a música, muitas vezes, se expressa por nós, nos economiza palavras, pensamentos. De certo, nos facilita, nos deixa preguiçosos, mas ainda assim, invade nossos ouvidos e enche nossa alma de um precioso bálsamo. A música ganhou um espaço novo na minha vida e fico feliz por isto.

Adriano Bedore

Eros de novo: Sta passando novembre




É para você
esse beijo no vento,
te mandarei aí
com no mínimo outros cem.
É para você,
talvez não será muito,
a sua história, eu conheço,
merecia que eu ouvisse mais,
e talvez, quem sabe,
se eu soubesse,
teria te dato uma ajuda.
Mas o que importa de agora em diante?
Agora que...
Pode pegar pela cauda um cometa,
E girando pelo universo você se vai,
Pode alcançar, talvez agora, a sua metade,
aquele mundo diferente que não encontrava nunca.
Só que,
não devia ir assim,
só que,
todos nós agora estamos um pouco sozinhos aqui.
É para você
essa flor que escolhi,
vou deixar lá para você,
embaixo de um céu coberto.
Enquanto lá em cima,
Está passando novembro
e você tem vinte anos para sempre,
Agora que...
Pode pegar pela cauda um cometa,
E girando pelo universo você se vai,
Pode alcançar, talvez agora, a sua metade,
Aquele mundo diferente que não encontrava nunca...
não encontrava nunca...
pode alcançar, talvez agora, a sua metade,
aquele mundo diferente que não encontrava nunca.
Só que não devia ir assim,
Só que todos nós estamos um pouco sozinhos...
todos nós agora estamos um pouco sozinhos aqui...
é por você.
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terça-feira, 9 de novembro de 2010

Filme, muito calor e chuva

Decididamente não me sinto confortável com o calor... Cá estou quase nú, com dois ventiladores sobre mim, assistindo A Caixa, esperando a chuva que só ameça.
Filme doido, calor idem. Por ora, só as companhias amenizam esta temperatura insuportável. Saudades do inverno, do vinho, do meu cobertor e de algo mais.
O filme acabou, tosco por sinal... Vou para casa e tentarei dormir esperando que chova, esperando um novo dia e as mesmas companhias que são a melhor parte desta noite tão quente. Oba, a chuva chegou forte. Adoro seu cheiro, seu som, seu frescor. Adoro chuva...Boa noite!!!

Tiziano Ferro - Sere Nere

Previsibilidade

Hoje cheguei àlgumas conclusões, aliás sempre as tive. Apesar de preferir acontecimentos previsíveis (planejados com antecedência, sempre que possível), pessoas estáveis, com humor linear, não me dou com a previsibilidade dos ditos normais, dos bonzinhos, sempre prestativos, extramamente e toda hora educados.
Gosto das pessoas imprevisíveis, contraditórias como eu, indignadas, incoformadas. Claro que gosto da bondade, quem não gosta? Mas gosto também, e, talvez mais, da maldade ingenua; daquela sem o mal querer, mas o mal aparecer sem que na verdade seja....
Gosto daqueles que provocam, dos que insultam a normalidade, que bofeteiam as regras, daqueles que escarram na mesmice. A normalidade da maioria, me irrita, me incomoda. A bondade excessiva, sempre escondidade atrás de interesses mesquinhos, me enoja. A unanimidade de muitos empobrece outros tantos e impede o mais além.
Admiro os que desafiam a lógica, os que desafiam as regras, os que buscam explicações outras, os que inovam, criam.... O mundo é feito por eles, depende muito mais deles do que os que aceitam tudo e com tudo se conformam.
Tenho consciência plena que meus amigos ou os que realmente tiveram e terão oportunidade de me conhecer, enxergaram em mim qualidades, mas sei também a maioria não há de gostar de mim, exatamente porque prefere os aparentemente normais...
Meu maior inconformismo atual é a normalidade excessiva que encontro-me. Não a suporto mais, não me suporto mais. Quero mais para mim, quero mais, pessoas como eu, quero divergir para convergir, discutir para aprender, brigar, se preciso for, para depois, com um beijo selar o amor. É isso, simplesmente isso...

Espera compensada





Cidades de onde são origiárias parte dos meus ascendentes italianos pelo lado materno, descobertas somente hoje: Guardiaregia/CB, Baranello/CB, San Giuliano Del Sannio/CB e Vinchiaturo/CB

Abro mais um e.mail, de tantos recebidos diariamente. Começo a ler e como criança choro, mas choro de alegria... Choro de realização, de fim de uma espera, e que espera. Foram mais de dez anos de busca, centenas e centenas de cartas e e.mails enviados e finalmente a resposta. Para quem é um genealogista como eu, sabe bem o que estou sentindo. Achei, achei, descobri....
Não podia ter chegado em dia melhor. Dia quente que não conseguiu esquentar meu coração distante, inquieto. Dia angustiante, talvez, por saber inconscientemente que enfim, um presente chegaria. Tantas notícias anseio saber, tantas coisas espero acontecer, tantas, tantas... Mas ao menos uma delas recebi com alegria enchendo meu coração de realização pessoal. Pena muitos não estarem mais aqui para saberem o que agora sei, pena que chegou tarde, pena.... Apesar da espera, sinto-me feliz. Precisa me sentir assim, precisava.
Minha origem materna agora é totalmente conhecida. Em maio terei mais cidades a serem visitadas, mais caminhos para percorrer e saber já terem sidos percorridos por meus antepassados. Reencontrar minhas origens, estar onde sei que estiveram meus antepassados mexe muito comigo, traz-me paz. Só os que têm este mesmo gosto sabem entender, só os infectados pela genealogite, rsss sabem o quão é agradável descobrir algo sobre o passado de nossa família. Dia feliz! Dia muito esperado. Valeu a espera e insistência, valeu...

Adriano Bedore

sábado, 6 de novembro de 2010

Va Pensiero - Verdi (Opera Nabuco)



Da ópera nabucco de verdi
Vá, pensamento, sobre as asas douradas
Vá, e pousa sobre as encostas e as colinas
Onde os ares são tépidos e macios
Com a doce fragrância do solo natal!
Saúda as margens do jordão
E as torres abatidas do sião.
Oh, minha pátria tão bela e perdida!
Oh lembrança tão cara e fatal!
Harpa dourada de desígnios fatídicos,
Porque você chora a ausência da terra querida?
Reacende a memória no nosso peito,
Fale-nos do tempo que passou!
Lembra-nos o destino de jerusalém.
Traga-nos um ar de lamentação triste,
Ou o que o senhor te inspire harmonias
Que nos infundam a força para suportar o sofrimento.

Pavarotti e Zuchero - Missere



Miserere, miserere,
Misererere, miserol sou,
Porem brindo à vida!

Mas que misterio, é a minha vida,
Que mistério!
Sou um pecador do ano de
Oitentamil
Um enganador
Mas onde estou e oque faço,
Como vivo?
Vivo na alma do mundo
Perdido vivendo intensamente!

Miserere, misero sou,
Porem brindo a vida!

Eu sou o santo que te traiu
Quando estavas só
E vivo displicente e observo o mundo
La do céu,
E vejo mares e florestas,
Vejo a mim mesmo que....
Vivo na alma do mundo
Perdido vicendo intensamente!

Miserere, misero sou,
Porem brindo a vida!

Se houver uma noite escura o suficiente
Para esconder-me, esconda-me
Se houver uma luz, uma esperança,
Sol magnífico que resplandece dentro de mim
De-me a graça da vida
Que ainda não tenho!
Miserere, miserere,
Aquela dádiva da vida que talvez
Ainda não tenha

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Um pouco de música, italiana, pra variar. A te - Jovanottti

Credo che sia una delle canzoni piu belle d'amore che c'è (Acredito que esta é uma das mais belas canções de amor que existe)



A Você
A você que é a única no mundo
A única razão
Para chegar bem ao fundo
De cada respiro meu
Quando te vejo
Depois de um dia cheio de palavras
Sem que você me diga nada
Tudo se faz claro


Pra você que me encontrou
Na esquina com os punhos fechados
Com as minhas costas contra o muro
Pronto a me defender
Com os olhos baixos
Estava na fila
Com os desiludidos
Você me acolheu
Como um gato
E me levou contigo


Para você canto uma canção
Por que não tenho outra coisa
Nada de melhor para te oferecer
De tudo aquilo que tenho
Pegue o meu tempo
E a magia
Que com apenas um salto
Nos fará voar pelo ar
Como bolinhas de sabão


Para você que é
Simplesmente é
Essência dos meus dias
Essência dos meus dias


Para você que é o meu grande amor
E o meu amor grande
Para você que pegou a minha vida
E dela fez muito melhor
Para você que deu sentido ao tempo
Sem medi-lo
Para você que é o meu amor grande
e o meu grande amor


Para você que eu
vi chorar na minha mão
Frágil que poderia te matar apertando um pouco
E depois te vi
Com a força de um avião
Prender na mão a sua vida
E puxá-la para um lugar seguro


Para você que me ensinou a sonhar
E a arte da aventura
Para você que acredita na coragem
E também no medo
Pra você que é a melhor coisa
que me aconteceu
Para você que muda todos os dias
E se mantem sempre a mesma


Para você que é
Simplesmente é
Essência dos meus dias
Essência dos meus sonhos
Para você que é
Essencialmente é
Essência dos meus sonhos
Essência dos meus dias


Para você nunca se agrada
E é uma maravilha
As forças da natureza se concentram em você
que é uma rocha, uma planta, é um furacão
É o horizonte que me acolhe quando me afasto


Para você que é a única amiga
Que eu posso ter
O único amor que queria
Se não te tivesse comigo
Para você que entrega a minha vida
Bela de morrer
Que consegue produzir no cansaço
Um imenso prazer


Para você que é o meu grande amor
E o meu amor grande
Para você que prende a minha vida
E dela fez muito melhor
Para você que deu sentido ao tempo
Sem medi-lo
Para você que é o meu amor grande
e o meu grande amor


Para você que é
Simplesmente é
Essência dos meus dias
Essência dos meus sonhos
Para você que é
Simplesmente é
Companheira dos meus dias
Essência dos meus sonhos

A música em nossas vidas

Música é o som que marca nossas vidas
A face de nossas feridas
O sorriso dos dias alegres
Nossos lábios em movimentos

Música é nossa própria vida
cantada, tocada e tocante em nós
É nossa companheira na solidão ou
no meio da multidão

Ela nos remete ao ontem
Mas nos faz sonhar com o amanhã
Música entra pelos ouvidos
mas se aloja fundo no coração

Música é a trilha sonora da vida real
É o som que nos acompanha, nos embala
Música são pedaços de nossas vidas
cantadas e propagadas ao vento...

É o cobertor no relento
O afago dos dias frios
O calor dos dias de verão
Música é tudo isto, é mais que isso, música é.

Adriano Bedore


quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Blog cada vez mais musical, rssss (Fernanda Takai - Descansa coração)

Hoje farei algo que me dá muito prazer e que a tempos não fazia: dar aulas...

A música abaixo, descansa coração, reflete exatamente meu estato de espírito:

"... não sei pra onde vou, não sei se vou ou vou ficar, pensei não quero mais pensar, cansei de esperar agora não sei mais o que querer e a noite não tarda a nascer, descansa coraçao e bate em paz...."

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Il mondo che vorrei

Última de Vasco Rossi; o sono chegou, até outro dia insônia... fico por aqui, preciso dormir, amanhã me espera. Preciso estar bem.

Mais um pouco de Vasco Rossi: Non vivo senza te

Dia complicado, agitado, esperado. Desejado... Dia depois dos mortos, é dia vivo, vivido, querido.... Mais um dia ou menos um... Depende do ângulo, do cantar, do olhar.... Dia findo, noite presente, ausente o sono, ausente (...)
Cerro os olhos, abro minh'alma e vou seguindo. Amanhã abrirei meus os olhos [assim espero, rsss] e tentarei manter aberta minh'alma, minha calma, meus sonhos.



PS: Siga em paz Vergara...

Um sentido

Vivemos na eterna busca do sentido maior de nossas vidas
Vivemos buscando o sentido de nossa existência,
Para quê?

Há sentido? Há história a ser vivida?
Há sentido? Há um dia necessário?
Há sentido? Há despedidas? chegadas? Há?

Que sentido é preciso ter?
Que é preciso saber?
Que há para viver?

Não há sentidos. Não há o amanhã, sem o hoje
não há futuro sem passado, não há dia sem a noite
Sentido? para quê? se sentir é o que vale... sentir, apenas sentir.

Adriano Bedore

Um Pouco de música: Siamo Solo - Vasco Rossi

Amada amante

Amante que é amante vemos a noite;
Amante que é amante passa o mair tempo na cama;
Amante que é amante não nos deixa dormir.

Amada amante, querida companheira
das noites não dormidas, das
horas esticadas na madrugada a dentro.

Amante fiel, leal, companheira,
carinhosa, atenciosa, amante amiga
querida insônia das noites não dormidas...

Amo-te porque não amá-la é deitar com uma estranha
Amo-te porque és minha fiel companheira,
Amo-te porque divido meus momentos mais intimos,
minha cama, meus pensamentos, até quando
chega o sono e vais embora com beijo de despedida ...


segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Arnaldo Jabor: Relacionamentos Sempre acho que namoro, ...

Relacionamentos

Sempre acho que namoro, casamento, romance, tem começo, meio e fim. Como tudo na vida.

Detesto quando escuto aquela conversa:
- Ah, terminei o namoro...
- Nossa, estavam juntos há tanto tempo...
- Cinco anos.... que pena... acabou...
- é... não deu certo...

Claro que deu! Deu certo durante cinco anos, só que acabou. E o bom da vida, é que você pode ter vários amores.

Não acredito em pessoas que se complementam. Acredito em pessoas que se somam.
Às vezes você não consegue nem dar cem por cento de você para você mesmo, como cobrar cem por cento do outro?
E não temos essa coisa completa.

Às vezes ela é fiel, mas é devagar na cama.
Às vezes ele é carinhoso, mas não é fiel.
Às vezes ele é atencioso, mas não é trabalhador.
Às vezes ela é muito bonita, mas não é sensível.
Tudo junto, não vamos encontrar.

Perceba qual o aspecto mais importante para você e invista nele.
Pele é um bicho traiçoeiro. Quando você tem pele com alguém, pode ser o papai com mamãe mais básico que é uma delícia.

E às vezes você tem aquele sexo acrobata, mas que não te impressiona...
Acho que o beijo é importante... e se o beijo bate... se joga... se não bate... mais um Martini, por favor... e vá dar uma volta.

Se ele ou ela não te quer mais, não force a barra. O outro tem o direito de não te querer.

Não brigue, não ligue, não dê pití. Se a pessoa tá com dúvidas, problema dela, cabe a você esperar... ou não.

Existe gente que precisa da ausência para querer a presença.
O ser humano não é absoluto.

Ele titubeia, tem dúvidas e medos, mas se a pessoa REALMENTE gostar, ela volta. Nada de drama.
Que graça tem alguém do seu lado sob pressão?

O legal é alguém que está com você, só por você. E vice-versa. Não fique com alguém por pena. Ou por medo da solidão. Nascemos sós. Morremos sós.

Nosso pensamento é nosso, não é compartilhado. E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar, seu pensamento.

Tem gente que pula de um romance para o outro. Que medo é este de se ver só, na sua própria companhia?

Gostar dói. Muitas vezes você vai sentir raiva, ciúmes, ódio, frustração... Faz parte. Você convive com outro ser, um outro mundo, um outro universo.

E nem sempre as coisas são como você gostaria que fosse... A pior coisa é gente que tem medo de se envolver.

Se alguém vier com este papo, corra, afinal você não é terapeuta. Se não quer se envolver, namore uma planta. É mais previsível.

Na vida e no amor, não temos garantias.
Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar. Nem todo beijo é para romancear.
E nem todo sexo bom é para descartar... ou se apaixonar... ou se culpar...

Enfim...quem disse que ser adulto é fácil ????

Arnaldo Jabor


domingo, 31 de outubro de 2010

A morte sem mortos

Despedir-se dos mortos que amamos é um adeus impróprio e sem qualquer sentido lógico. Não se morre, nem se mata os que fizeram parte de nossas vidas pois viveram e viverão em nós para sempre. As lembranças daqueles que passaram por nossas vidas , permanecerão para sempre em nossa memória e nos seguirá para onde quer que iremos.
O medo do esquecimento, da distância diante da morte, é pura irrealidade. Quando amamos de fato uma pessoa, sua morte física ou simbólica não a faz desaparecer de nossas vidas. Ledo engano.
A morte é inevitável enquanto fato natural de nós mortais com ínfimos prazos de validade. A morte também é as vezes inevitável enquanto mudança de postura, sentimentos e ações que mudam com o tempo. Mas é inútel pensar que pessoas que amamos morrerão um dia em nossas vidas. Buscar esquecer ou imaginar ser possível esquecer aqueles que acreditamos ,mortos é inútil, impossível e sem sentido real.
Os mortos que amamos, nunca morrerão dentro de nós, sempre nos seguirão com marcas que deixaram em nossas vidas. A morte é de fato mentirosa, ilusória e irreal.
Todos que passaram em nossas vidas e despertaram o sentimento do amor, viverão para sempre em nós. Viverão em nossas lembranças, ocupando espaços que o tempo apenas ajustará o tamanho da importância que deixaram.
A eterna espectativa de um reecontro com os que fizeram parte de nossas vidas continua sendo uma das maiores esperanças, de nossas também eternas vidas.
Quando amamos e somos amados nunca morremos, viveremos eternamente no coração, alma, espírito, seja o nome que se dá, daqueles que trocamos este sentimento que é a argamassa que constroi um vida eterna, sem morte, sem mortos...
Se choramos nossos mortos que na verdade vivem em nós, fazemos porque ainda não entendemos e lidamos bem com a distância física que nada representa senão a impossibilidade de tocar aqueles que para sempre tocarão nossas vidas com a mão da saudade e do amor que um dia nos uniu...
Morrer é renovar a vida. Viver é renovar as inevitáveis despedidas; é ver os que amamos com o coração, com a alma que nos uniu, com os olhos da saudade e da liberdade que sempre manterá viva a pessoa amada, matando a morte.
Morrer é viver para sempre.
Viver é saber que um dia seremos eternos mesmo com a aproximação de um fim que é pura ilusão para quem ama.
Viver é morrer aos poucos, lentamente, já que morrer é nascer para eternidade.
Quem ama não morrerá jamais e quem nunca amou já está morto sem saber que jaz...

Adriano Bedore


Lições inesperadas

Hoje da maneira mais natural, expontânea e inesperada ouvi uma frase simples mas revestida de grande sabedoria proferida por alguém cuja pouca idade e experiência de vida me surpreendeu.
Nada que eu não soubesse e já não tivesse ouvido por algumas vezes, digo, muitas vezes ao longo destes últimos meses. Mas a maneira inesperada, gentil, porém forte e especialmente dita pelo autor calou fundo na minh'alma.
Um silêncio seguiu por memoráveis instantes; imudeci ao ouvir aquelas palavras, que embora já conhecidas calaram-me fundo.
Minha vida ou boa parte dela resumida com tamanha precisão por alguém sem experiência e vivência deixou-me reflexivo.
Confesso que assustei, incomodei de início, mas nos instantes seguintes, refleti o quanto de verdade fora dito e o quanto eu precisava admitir tudo que ouvira e, principalmente, mudar as ações apontadas de maneira firme e forte, como uma espada cortando-me ao meio.
Difícil ouvir certas verdades, aceitá-las ainda mais e mudar mais ainda... Difícil aprendizado, difícil mudança de hábitos, de vontades... difícil recomeço.
Sei o que perdi e o porque perdi e não quero mais perder o que a vida de presente deu-me e não soube valorizar, especialmente por medos e bloqueios idiotas.
Como disse um dos meus poetas prediletos, Lord Byron: "O amor nasce das pequenas coisas, vive delas, e por ela as veses morre". Nunca é tarde para aprendermos lições tão triviais e tão desprezadas, nunca. Valeu criança, suas palavras sempre estarão comigo, sempre. Conhecer pessoas tão especiais, por ora, tem sido o sabor mais doce dos amargos dias, que pouco a pouco vão ficando para trás...

Adriano Bedore

Chega de Saudade.... sem comentários. Tom e João Gilberto, simplesemente lindo!!!

Um poema cantado por Tom

Lembrando o poeta Cazuza

Um pouco de boa música

Fala de Jarbas Vasconcelos por quem tenho grande simpatia sobre o legado de Lula

Minhas Eleições - Parte 16



Este texto será bem breve, já que postei minha declaração de voto nas eleições deste ano de 2010 neste blog (ver atrás). Apenas estou postando para que as eleições participadas por fique numa ordem cronológica, terminando essa série com as eleições que se findam hoje. O resultado dos meus candidatos é o seguinte:
A situção jurídica do meu candidato a deputado estadual, Beto tricoli, ainda não está revolvida, portanto, não sabemos se ele, eleito que foi, assumirá ou não uma cadeira na assembleia legislativa como esperamos. Eduardo Coelho, candidato a deputado federal, foi bem votado mas não conseguiu se eleger; Aloysio Nunes Ferreira, do PSDB, conseguiu uma vitória histórica conquistando junto com Marta Suplicy do PT as duas vagas ao Senado por São Paulo, tirando Netinho, favorito das pesquisas do páreo. Geraldo Alckmin elegeu-se por pequena margem, governador já no primeiro turno voltando a governador São Paulo, Estado que governou de 2000 com a morte de Mário Covas, então governador até março de 2006 quando renunciou para se candidatar a presidência da Repúlica. A presidência da República foi para segundo turno. Marina Silva do PV ficou em terceiro na disputa, mas com expressivos 20% dos votos. A disputa então ficou entre José Serra do PSDB, meu candidato, e Dilma Russeff do PT que elegeu-se a primeira presidente da república do Brasil, com 56% dos votos válidos contra 44% de Serra, dando continuidade a política do governo Lula que entrou de corpo e alma na campanha e conseguiu eleger sua candidata.



sábado, 30 de outubro de 2010

Minhas viagens - Parte 1

Findo a série sobre as eleições que vivi postadas neste blog; decidi iniciar outra sobre as viagens que mais marcaram minha vida. Singelamente estes registros são uma forma de avivar minha memória e registrar momentos importantes que marcaram de alguma forma minha vida.


em construção.....

Vídeos sobre a belíssima cidade de Este/PD que tanto amo




Vídeo sobre uma festa de Ospedaletto Eugano/PD

A idade de ser feliz (belo texto de Mário Quintana)

A Idade de Ser Feliz

Existe somente uma idade para a gente ser feliz,somente uma época na vida de cada pessoa em que é possível sonhar e fazer planos e ter energia bastante para realiza-los a despeito de todas as dificuldades e obstáculos.
Uma só idade para a gente se encontrar com a vida e viver apaixonadamente e desfrutar tudo com toda intensidade sem medo nem culpa de sentir prazer. Fases douradas em que a gente pode criar e recriar a vida à nossa própria imagem e semelhança e vestir-se com todas as cores e experimentar todos os sabores e entregar-se a todos os amores sem preconceito nem pudor.
Tempo de entusiasmo e coragem em que todo desafio é mais um convite à luta que a gente enfrenta com toda disposição de tentar algo NOVO, de NOVO e de NOVO, e quantas vezes for preciso. Essa idade tão fugaz na vida da gente chama-se PRESENTE e tem a duração do instante que passa.

Mário Quintana

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Minhas Eleições - Parte 15



Mais uma eleição municipal, a primeira sem que meu pai estivesse exercendo mandato, pois deixou a Câmara em 31 de dezembro de 2004 findo seu quinto mandato consecutivo como vereador. Decidimos que meu pai tentaria sua sexta eleição para vereador, segundo ele próprio sua última eleição como candidato.
Para prefeito, nosso partido tinha um nome forte que um ano antes das eleições já manifestou interesse pela disputa. Sérgio Mantonvaninni era o nome mais forte da oposição que desta vez, acabou lançando apenas dois candidatos: Sérgio pelo PMDB, e Tiãozinho da Farmácia, ex PTB, PV da situação e agora DEM, posto que logo após sua derrota para deputado estudual nas eleições de 2006 rompera com Beto Tricoli e saia das fileiras do PV.
A situação chegava perto da convenção sem um nome para disputa, até que define pela candidatura do médico e vereador no terceiro mandato, José Bernardo Denig com o então vice, professor Ricardo na chapa. Tiãozinho da Farmárcia coliga-se com o PSDB que indica o engenheiro Eustáquio de vice e nós conseguimos fazer uma aliança com dez partidos e lançamos Sérgio Mantovaninni prefeito com Mário Inui, ex-vereador, ex vice-prefeito de Beto Tricoli no seu primeiro mandato (2001/04) de vice. Apesar do peso da máquina e da forte liderança de Beto Tricoli, no início parecia uma campanha favorável para nós, mas apesar da boa votação de Sérgio, cerca de 42% dos votos válidos Dr. Denig conquista cerca 44%, 28.000 contra 26.000, aproxidamente. Meu pai foi o terceiro mais votado do PMDB que elegeu apenas dois vereadores (Toninho Almendra e Pedro Maturana), ficando na primeira suplência do partido. Foram eleitos também os seguintes vereadores: Dr Ubiratan e Dedel pelo PV, Emil Ono, filho do ex-vereador Takao Ono, falecido em agosto de 2008 pelo PTB, Oswaldo Mendes Sobrinho pelo DEM, Vanderlei e Professora Gina pelo PDT, Baixinho Barbeiro e Salulo do Gás pelo PP e dr. José Paulo Teixeira pelo PSL.


O sol da minha serra

A dor de um amor
que se sabe acabou
É como a sensação
de calor diante do fogo que apagou

O vazio da saudade
de uma paixão que se esgotou
É como o perfume de
uma rosa que não desabrochou

O amargor dos dias
de uma história finda
É como a noite sem luar
Ou o céu sem mar

O amanhã está chegando,
o sol despontando atrás da
serra que me protege
Espero-te....

Adriano Bedore

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Raramente posto textos que não sejam da minha lavra, mas citar o grande poeta Carlos Drummond de Andrade é sempre bom

Se procurar bem você acaba encontrando.
Não a explicação (duvidosa) da vida,
Mas a poesia (inexplicável) da vida.


A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos,na prudência egoísta que nada arrisca e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade.
A dor é inevitável. O sofrimento é opcional.


AUSÊNCIA

Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.

As sem-razões do amor

Eu te amo porque te amo,
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.

Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.

Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.

Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor


Ao Amor Antigo
O amor antigo vive de si mesmo,
não de cultivo alheio ou de presença.
Nada exige nem pede. Nada espera,
mas do destino vão nega a sentença.

O amor antigo tem raízes fundas,
feitas de sofrimento e de beleza.
Por aquelas mergulha no infinito,
e por estas suplanta a natureza.

Se em toda parte o tempo desmorona
aquilo que foi grande e deslumbrante,
a antigo amor, porém, nunca fenece
e a cada dia surge mais amante.

Mais ardente, mas pobre de esperança.
Mais triste? Não. Ele venceu a dor,
e resplandece no seu canto obscuro,
tanto mais velho quanto mais amor.

Memória

Amar o perdido
deixa confundido
este coração.

Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.

As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão

Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão.


Carlos Drummond de Andrade

Agora em Espanhol

Mais um pouco de Roberto Carlos in italiano

Um pouco de canção, Roberto Carlos na língua mais bela do planeta

Minhas Eeições - Parte 14

Apesar de todo esforço da administração municipal de Atibaia e de parte da sociedade organizada, o então deputado, desde 2005, Tiãozinho da Farmárcia não conseguira sua reeleição ficando na terceira suplência do PV.
No campo federal, o presidente Lula disputa sua reeleição com Geraldo Alckmin do PSDB, ex-governador de São Paulo, Heloísa Helena do PSOL, senadora por Alagoas e Cristovão Buarque do PDT, senador pelo Distrito Federal, entre outros de menor importância. Lula vence as eleições no segundo turno contra Geraldo Alckmin. No Estado de São Paulo, o então prefeito de São Paulo, eleito em 2006, José Serra, renuncia seu mandato e acaba elegendo-se governador do Estado ainda no primeiro turno, disputando com Aloisio Mercadente do PT e Orestes Quércia pelo PMDB, entre outros. Eduardo Matarazzo Suplicy consegue sua segunda reeleição para o Senado da República. Eu votei em Geraldo Alckmin nos dois turnos para presidente, em Quércia para governador (perdeu para Serra), Alda Marcoantonio, PMDB para senadora (perdeu para Suplicy)), Professor Benjamin para deputado federal, PMDB (perdeu) e pela segunda vez no meu amigo Jorge Caruso, PMDB para deputado Estadual, reeleito para mais um mandato.

domingo, 24 de outubro de 2010

Velhas tardes de domingo

Fazia muito tempo que eu não me via no meu refúgio mais corriqueiro (escritório) numa tarde de domingo. Os últimos acontecimentos me empurravam para qualquer atividade, qualquer.
Eu não estava preparado para ficar sozinho numa longa e tediosa tarde de domingo. Mas, cá estou, arrumando minha abandonada sala, minhas fotos digitalizadas, meu mundo jurídico que aos poucos se acaba.[ Gol do Ceará, que merda] Mas continuando, ficar sozinho numa tarde de domingo no escritório arrumando minhas coisas era coisa de muito tempo. Sempre curti me curtir e curtir meu canto num domingo a tarde, mas tinha perdido a vontade.... até disso.
Não me via mais nesse cenário num dia como hoje. Apesar da fama, dos amigos, etc, era fácil me achar num domingo a tarde, no fundo, sempre me dei esse tempo nos domingos e hoje me achei de novo. Cada dia, um a um, tenho lutado muito para achar meu novo destino, planejá-lo com carinho, para sentir menos dor. Não está sendo fácil, não será fácil, mas é inevitável, inevitável.
Estar na minha sala, planejada por mim há quase 14 anos, onde estão meus livros, minhas fotos, minhas pesquisas, minhas coisas, minhas lembranças, parte da minha vida é uma vitória depois deste período difícil.
Ainda falta muito a fazer, muitas ações a tomar, muita coisa para jogar, deixar para trás, guardar por anos, mas estou vencendo minhas paixões, meus medos.....
Resultado do meu velho TOC, ajeito tudo, sempre no esquadro, no alinhamento, na ordem crescente, maluquices minhas. Vou organizando, resolvendo, limpando, etc...
Nossa há quantos domingos eu não me permitia estar aqui, junto a mim mesmo, refugiado as minhas coisas... Sei que em breve tudo será muito diferente, mas seja como for, se ainda puder manter este espaço só meu, ou tiver que levá-lo comigo, ao menos algumas tardes de domingo terei que ser dele. [Outro gol do Ceará é mentira, rsss, assim não vale] Recusei convites para ficar comigo mesmo, olhar meus livros, minha mesa, meu note, meus quadros, e dizer a todos eles que mudei, não sou mais o mesmo, nunca mais serei, mas meu canto, aqui ou noutro lugar haverá de existir sempre, pois preciso me refugiar de todos e especialmente de mim...
Sei que preciso desapegar de todos vocês, mas acho que se tiver que ir longe, acabarei por levá-los comigo.
Feliz triste tarde de domingo, cheia de mim mesmo, vazia de tantas coisas e pessoas que têm sido minhas companheiras nessas horas chatas de um domingo a tarde. Enfim, ao menos faço as coisas com trilha sonora agora, rssssss Melhor que ouvir os gols do Ceará ou do Corinthians o que é pior... Semana que vem, não poderei estar aqui, outros planos, mas foi bom rever meu espaço e saber que tenho para onde me refugiar, seja aqui ou na minha linda Villa D'Este que me espera.
Vou ficando por aqui ao som de Mercedes Sosa, Todo cambia.... si tudo muda, ou no bom italiano, tutto cambia. Até mais meu canto, até outra tarde de ensolarada de domingo, cada vez melhor... cada vez melhor.


Adriano Bedore




continua

Minhas Eleições - Parte 13

2004 foi um ano esperado, com muita luta, depois muitas tristezas e marcas profundas nas nossas vidas políticas pessoais. Beto Tricoli terminava seu primeiro mandato como prefeito e a oposição tentava se unir em torno de um ou, no máximo, dois nomes para disputar com ele sua reeleição. Eu já havia deixado a presidência do PMDB nas mãos do meu amigo Ruy Cunha Paschoal, mas participava ativamente do grupo político que buscava encontrar uma solução para unir a oposição ao PV. Não tivemos êxito e quatro candidatos disputaram a eleição com o prefeito Beto: Flávio Callegari tendo Rogério Ribeiro da Silva de vice, então vereador, Pedro Tominaga tendo Vanderlei Sebastião Rocha de vice, ambos vereadores, meu pai, então presidente da Câmara pela quarta vez tendo o ex-prefeito (1997/2000) Pedro Maturana de vice e Pinheirinho, já falecido. Oposição dividida, marketing perfeito do prefeito, máquina administrativa trabalhando em prol da reeleição e o resultado não poderia ser outro: Beto Tricoli primeiro prefeito reeleito da história de Atibaia, consolidando-se como grande líder político da primeira década deste nosso século. Meu pai tinha disputado cinco eleições vitoriosas para vereador (1982,88, 92,96, 2000) e como disputava em 2004 eleições para prefeito eu disputei minha primeira e única eleição como candidato a vereador. Infelizmente nosso partido PMDB não conseguira alcançar o coeficiente eleitoral e não fez nenhum vereador naquela eleição sendo a Câmara reduzida, por decição do TSE de 17 para 11 vereadores. Foram eleitos: José Bernardo Denig, PV, Edson Beleza, PV, Paulo Tricoli Patara, PV e Tiãozinho da Farmácia, pelo PV que renunciou o mandato no mês seguinte a sua posse para poder assumir uma cadeira na assembleia legislativa do Estado, sendo substituito por Dedel, primeiro suplemente do PV, Takao Ono, PP, Georgina Piniano, PTB, Cebolinha da Farmárcia, DEM, Ismael Fernandes "Dentinho" PSB, Luiz Fernando Pugliesi, PDT, Oswaldo Mendes Sobrinho, PTB e Reginaldo Binatti, PSB.