sábado, 13 de novembro de 2010

Meses de lacuna no blog



Acabei de perceber, através do histórico do blog, que os meses de junho, julho e agosto, passaram em branco neste blog. Silêncio sepulcral. Cerca de cem dias, talvez bem mais que isso. Dias muito difíceis... Também produzi bastante, mas nada postado por aqui, quem sabe um dia numa obra de auto ajuda, rssss. Dias de aprendizado intenso, epecialíssimos pela depuração, transformação, inquietação, indefinição, dor, muita dor, tristeza. Angustia vivida minuto a minuto, espera sem fim até que o vi...
No começo recusei a aceitá-lo, enxergá-lo, mas percebi que continuar era o meu prórpio fim. Precisava levantar, hora do recomeço, de novos projetos, de amar, primeiro, quem mais precisamos amar: nós mesmos.
Como um bebê que aprende a andar devagar, caindo muito, a gente começa passo a passo, dia a dia, conquistando nossos horizontes, caindo menos, indo mais longe sem alguém por perto, sorrindo com as quedas, chorando com outras e andando, andando, cada vez mais longe.
Entendi que não tem angustia, quem não tem com o que preocupar-se; não sofre quem não tem sensibilidade; não chora quem não tem perdas; não tem perdas quem nada tem e vive de ilusão. Não se deprime quem não se importa com nada e com ninguém. O egoísta vive bem, pensa que vive.
Quer saber, não conheço ninguém que valha a pena que não tenha tido vários momentos de reflexão, de dor, de desamor, de angustia, de depressão. Infeliz, dos que não sofrem, dos que não se importam com suas vidas e pior, com as vidas alheias... Sou feliz por chorar, sou feliz por sofrer, sou feliz por tentar reencontrar-me com calma, segurança, por ter amigos verdadeiros, sinceros, família presente (até demais, rsss). Triste é querer sorrir quando se quer chorar, triste é estar no mar quando se quer amar, triste é querer voar quando só se pode andar... triste mesmo é não perceber que se está triste. Continuo triste, consciente que é uma das minhas melhores fases, consciete que preparo-me para o melhor da tristeza: a fase feliz que dela sempre nasce. Como diz o poeta - tristeza não tem fim, felicidade sim...

Adriano Bedore

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