Será que o poeta tinha razão quando disse que: "...ser feliz é viver morto de paixão.." Sei não, talvez. Aliás os poetas lidam bem melhor que nós, mortais, com esta história de paixão...
Nós mortais nos tornamos assim quando nos apaixonamos, já eles, os poetas, mais imortais na paixão.
Nós, mortais, morremos de paixão, já eles vivem melhor com ela.
Difícil saber se ser feliz é viver morto de paixão, mas é certo que a paixão nos mata aos poucos. Viver sem ela é ter a falsa sensação de imortalidade, pois sem se apaixonar-se já estamos mortos sem saber.
De nada vale a vida sem se apoixar-se.
De nada vale não querer morrer de paixão se estamos verdadeiramente mortos quando evitamo-la.
Melhor então é morrermos todos de paixão, assim quem sabe, nos tormamos poetas também e não alcancemos a imortalidade tão desejada.
Adriano Bedore
Um pouco de Mário Quintana: Um dia
Certezas
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sexta-feira, 19 de novembro de 2010
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
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Acordei lembrando a poesia de Ferreira Gular - Traduzir-se - e fez-me divagar...
Acordei pensando na feia e bela e eterna e estranha contraditoriedade do meu ser...
Acordei admirando-me por ser indecifrável e ao mesmo tempo previsível, as vezes.
Acordei pensando na beleza das contradições que me acompanham, na alegria de contestar mesmo não querendo, de dizer sim negando;
Acordei pensando na paixão pela discussão mais pura, pelo debate mais intenso sem a mínima intensão de querer estar certo, aliás querendo não estar quase sempre;
Acordei pensando na inquietude do meu coração já aberto por um cirurgião atrevido.
Acordei imaginando o mundo cinza dos iguais, da eterna concordância dos néscios, da calmaria do lago em contraponto ao revolto mar...
Acordei querendo menos respostas e muito, mais muito mais perguntas...
Acordei querendo mais amor, menos dor, disabor, medos, receios, mais desafios, querendo o desconhecido que sinto chegar cada vez mais perto.
No fim acordei feliz por ser tão contraditório, tão complexo e ao mesmo tempo tão único, coeso, com partes tão diferentes formando um todo igual. Acordei e por ora basta acordar; o resto nada importa diante da vida que começa com despertar de mais um belo dia de novembro cheio de expectiva, de vida, de contradições...
Adriano Bedore
Traduzir-se
Sobre Ferreira Gular:
Poema Sujo:
Acordei pensando na feia e bela e eterna e estranha contraditoriedade do meu ser...
Acordei admirando-me por ser indecifrável e ao mesmo tempo previsível, as vezes.
Acordei pensando na beleza das contradições que me acompanham, na alegria de contestar mesmo não querendo, de dizer sim negando;
Acordei pensando na paixão pela discussão mais pura, pelo debate mais intenso sem a mínima intensão de querer estar certo, aliás querendo não estar quase sempre;
Acordei pensando na inquietude do meu coração já aberto por um cirurgião atrevido.
Acordei imaginando o mundo cinza dos iguais, da eterna concordância dos néscios, da calmaria do lago em contraponto ao revolto mar...
Acordei querendo menos respostas e muito, mais muito mais perguntas...
Acordei querendo mais amor, menos dor, disabor, medos, receios, mais desafios, querendo o desconhecido que sinto chegar cada vez mais perto.
No fim acordei feliz por ser tão contraditório, tão complexo e ao mesmo tempo tão único, coeso, com partes tão diferentes formando um todo igual. Acordei e por ora basta acordar; o resto nada importa diante da vida que começa com despertar de mais um belo dia de novembro cheio de expectiva, de vida, de contradições...
Adriano Bedore
Traduzir-se
Sobre Ferreira Gular:
Poema Sujo:
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