quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Turbilhão de pensamentos

Uma enxurrada de ideias toma conta de mim. Tento fazer diques, barragens, mas a vazão é maior. Estou no meio de um turbilhão de pensamentos, conceitos, desejos, tudo ao mesmo tempo. Que faço? Fecho as comportas e diques, ou deixo tudo invadir e ver a nova paisagem que surgirá? Não sei ao certo, mas sei que os medos e receios se foram água abaixo e já fazem parte do oceano, por isso quero ser como o poeta que vive todas vidas.
Quero espremer limões e fazer uma bela limonada. Quero queimar madeiras e fazer uma bela fogueira. Quero abrir a barragem e alagar o campo verde. Quero destruir conceitos e construir poesia.
Não quero só respirar; quero viver, viver pra sempre sem diques, sem barragens, grades, viver livre sempre. Quero marcar minha passagem e não estar de passagem...

Adriano Bedore

CONFESSO QUE VIVI -

“Talvez não tenha vivido em mim mesmo, talvez tenha vivido a vida dos outros.
Do que deixei escrito nestas páginas se desprenderão sempre – como nos arvoredos de outono e como no tempo das vinhas – as folhas amarelas que vão morrer e as uvas que reviverão no vinho sagrado. Minha vida é uma vida feita de todas as vidas: as vidas do poeta.”

Pablo Neruda

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