terça-feira, 19 de outubro de 2010

Os ciclos da vida



Engraçado como o fim de um ciclo e início de outro tem algumas fases clássicas.
Primeiro alguma grande perda ou profunda mudança.
Segundo forte período de apuração interna, acompanha quase sempre de dor, muita dor.
Terceiro vem a fase dos questionamentos quase sempre, inúteis, afinal, nem tudo ou quase tudo não tem explicação. Tem?!
Quarto quase sempre passa-se no quarto, rssss, Puta período difícil, por vezes enloquecedor. A cama inevitavelmente torna-se nossa melhor companhia e com ela travamos os papos mais intensos.
Quinto é estranho, tacanho, tosco, bobo, insano, tirano, lamentável.
Sexto, bom aí vem a procura de alternativas, já que as explicações não foram encontradas, mesmo depois de dias, semanas, as vezes meses...
Sétimo vem os amigos, parentes, bem esses, só os que também são amigos e tudo começa a ter sentido e razão e aí então começa o amadurecimento, o crescimento e a mudança começa.
Oitavo é muito relativo, as vezes vem junto a muito abrigo, as vezes com muita badalação e no final só o equilíbrio nos faz passar desta fase.
Nono é aquela que mais lembramos das nossas nonnas, rsss Lembramos das velhas frases que nessas horas sempre encaixam como uma luva em dia de festa junina.
Décimo; bem, aí chegou a hora... Ou concluímos que um ciclo fechou-se e começamos outro, quase sempre melhor que o anterior, ou voltamos na primeira fase a lembrar-se, chorar-se pelo fim do ciclo anterior...
A vida é feita de constantes e lindos ciclos... Começar e terminar é sempre desconfortável, mas totalmente necessário.
Tudo tem um tempo: a vida, o amor, o sofrimento, a felicidade, a mentira, a verdade, a maldade, até a bondade acada um dia....
Nada é para sempre e sempre esquecemos desta elemetal lição que por vezes só um chacoalhão de um amigo nos faz lembrar. Como são importantes os amigos no final de um ciclo e início doutro.
Sei que umm ciclo muito importante na minha vida está acabando, fechando-se a cada dia a cada respiro...
Ciclo velho são os mais difíceis de fechar, pois mesmo sabendo que acabou, lutamos para querer viver nele, as vezes lutamos muito e demoramos para tirar o luto do fim do defunto ciclo. As vezes, é confortável viver nele, apegar-se a ele, chorar-se nele e dele.
Mas tem horas que o luto vai embora, nos deixa falando sozinho, nus, sem o preto e ai então ACABA definitivamente o ciclo.
Inevitavelmente matamos o ciclo findo e um dia lindo começa a brilhar. Voltam as cores, o horizonte, os amores, o canto reaparece e nos embala.
É o começo de mais um ciclo, ainda desconhecido mas esperado, nem sempre desejado.
A vida novamente se renova, as flores reaparecem, como reaparece o sorriso sincero trocado pelo amarelo que ficou para trás...
Em homenagem ao ciclo que se fecha e ao outro que se abre comemore, dance, grite, faça uma tatuagem, faça o que nunca fez ao menos uma vez por mês...
Não lamente-se pelo que ficou para trás, mas viva melhor o que está para chegar. Sorria, pois no fundo, o ciclo é um circulo e tudo estará sempre ligado, conectado, linkado. Como disse Cartola: " ... a vida é um moinho..."
Nunca mais serei o mesmo e o melhor de mim sempre estará comigo e morrerá comigo no fim do último dos ciclos...

Adriano Bedore

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