sábado, 16 de outubro de 2010

Reforma da praça da matriz



Reproduzirei a seguir minhas opiniões sobre um interessante debate travado no início de agosto do ano passado na comunidade Atibaia do Orkut, sobre a última reforma da praça da matriz de Atibaia:

Vamos lá, o assunto é muito interessante pois envolve patrimônio histórico, área comum da sociedade, arquitetura e urbanismo, entre outros. Li todos os comentários, e na sua grande maioria os achei pertinentes. Começarei pelo aspecto histórico. As praças nas cidades nos séculos XIX e no passado, até aproximadamente metade deste último século, eram apenas grande área, quase sempre desarborizada, destinada ao encontro de pessoas e eventos sociais. Se vocês tiverem oportunidade de ver fotos da praça da matriz das primeiras décadas do século passado ou de qualquer outra praça em Atibaia ou em outra cidade, verão que as praças eram um grande espaço aberto com fim que já comentei. Bem, o conceito europeu de praça é exatamente esse. Uma praça na maioria das cidades da maioria dos Países europeus são até hoje espaços grandes e quase sempre com um ou outro monumento de arte, alguma fonte ou estátua, busto, herma de algum personagem importante. Enfim, o conceito de praça é espaço destinado a reunião de pessoas e que possibilitem eventos com grande número de pessoas de uma localidade. Bem, no melhor conceito de praça, a última reforma, parece que está acertando, pois busca exatamente resgatar o conceito de praça, posto que aumenta espaço que pode ser ocupado pelas pessoas nos eventos que geralmente se propõe fazer na praça que é o coração da cidade. Afinal Atibaia que conhecemos hoje nasceu a partir do largo da matriz na segunda metade do século XVII. Não sou defensor do PV, aliás meu partido apresentou nas últimas eleições um candidato alternativo a atual administração e este candidato, apesar de todos os pesares de toda ordem, obteve 42% do eleitorado atibaiano. Mas, não é porque sou na política-partidária, oposição a administração atual que devo fazer demagogia e não ser justo. Estive na reunião que o hoje secretário Beto e então prefeito apresentou o projeto de revitalização do centro, e mesmo em plena campanha eleitoral, fiz uso da palavra e elogiei o referido projeto. Na minha ótica, e não só na minha...
Concordo com o Paulo sobre a beleza da praça da Santa Casa, que leva o nome do primeiro prefeito municipal de Atibaia (ou outros ocupantes dessa função tinham o nome de intendentes), Miguel Vairo, médico italiano que se radicou em nossa cidade e contribuiu muito para seu desenvolvimento. Mas o próprio Paulo, diz sobre a dificuldade de circulação das pesssoas naquela praça. Pois bem, diante da localização da praça da santa casa e de sua urbanização, considero-a muito mais um jardim público que uma praça e como tal é belíssima. Acho até que naquele local, por estar muito próximo a um hospital (Santa Casa) o conceito de praça não deve ser aplicado ali, e sim de um jardim público (mini parque) e, portanto, como é hoje me agrada muito. Todavia, a praça da matriz (Claunido Alves) e até a praça do rosário (Guilherme Gonçalves) devem, na minha ótica, serem praças, no melhor de seus conceitos, e pelas razões históricas que possuem. Coreto: o coreto que existia na praça da matriz não tinha nenhum caráter histórico, já que foi ali colocado na grande reforma da década de 1970 e ali foi construído para diminuir o vazio deixado pela destruição do antigo hotel municipal (crime). Portanto, sua presença na praça se faz desnecessária ao meu ver. Sugiro até que seja construído em uma das tantas praças ou jardins abandonados de nossa cidade. Mas, para mim, não fará nenhuma falta. Até porque quando foram concebidos, a realidade dos eventos e shows eram outras, pois hoje nem uma pequena banda cabe dento de um coreto, infelizmente. Aspectos políticos: Bem, aí o Paulo, Galvão e outros têm razão, no que tange aos grandes financiadores do PV de Atibaia e os compromissos tanto de um quanto de outro e seus pagamentos, mas não vou querer entrar nessa seara aqui. Bem, se o projeto apresentado no mês de agosto ou setembro do ano passado não for mudado, como já foi no calçadão, onde o piso do calçadão não ficou no mesmo nível do da rua e pior, não foram retirados os postes de energia, como se disse que seriam tirados, como se disse que serão
... na rua José Lucas (primeira e mais importante, historicamente rua de Atibaia). No calçadão, infelizmente não se fez o que o então prefeito Beto disse na referida audiência, pois mantivesse o desnível entre rua e calçada e não foram tirados os postes de energia, deixando o que seria um lindo calçadão numa coisa horrível, pois os postes de luz colocados (inclusive, já trocados) com os postes de energia com todos os milhares de fios deram um ar de obra pela metade.... algo como, quase bonito e quase feio. Uma pena. Na minha opinião o calçadão deveria seguir a urbanização, que se diz que será feito na rua José Lucas, tirando-se toda a fiação da rua (enterrando-a) e deixando o nível da rua igual ao da calçada. Como era antigamente e como é em muitas cidades da Europa. Privilegiando o pedestre em detrimento dos carros, que cada vez mais causam problemas para uma cidade. Enfim, espero que se cumpra o projeto apresentado e assim sendo, Atibaia ganhará uma bela praça e uma bela rua José Lucas. Pena que a rua debaixo, ou hoje José Alvim, não será revitalizada nos mesmos moldes, pois se fosse teríamos as duas ruas mais antigas e do centro velho (que de histórico, infelizmente, não se tem quase nada) revitalizadas. Enfim, apesar de não ser partidário a administração que governa Atibaia desde 2001, não posso, como nunca fui leviano e demagogo, dizendo que a reforma da matriz não é boa. Ainda não está concluída a reforma, mas até onde vemos, considero-a bonita tanto historicamente como arquitetonicamente falando, pois resgata o correto conceito de praça, tornando-a mais parecida possível como dever ter sido nos seus primórdios e possibilita que naquele local o povo possa sempre que possível se reunir em encontros de toda ordem, justamente no lugar onde tudo começou há quase 350 anos atrás.... Espero ter contribuído na discussão, vez que não fiz apenas elogios, tampouco críticas, mas dei minha opinião sincera e honesta sobre essa polêmica obra na matriz de nossa cidade.
Por último, com relação ao dinheiro investido na reforma da praça e na revitalização da rua José Lucas e calçadão, segundo até onde apurei foi um verba destinada apenas e tão somente com esse fim, e se, verdade isso, o que acho que seja, falar em se gastar o referido recurso com educação, saúde, habitação é fazer pura demagogia política com fins eleitorais. Terminando, lamento muito que a pç do rosário e a rua José Alvim não foram incluídas nesse projeto, pois se assim fosse, teríamos a pç da matriz, rua José Lucas, pç do rosário e rua José Alvim no mesmo padrão arquitetônico o que deixaria o centro velho muito mais bonito e certamente um belo cartão postal de nossa cidade, fechando-se um circuito oval do velho centro antigo da cidade totalmente revitalizado e não só a rua direita (zé lucas). Por fim, acho que o Galvão (grande abraço amigo) se referiu aos paral... e ele tem toda razão, aliás esse negócio de virar os paral..... da cidade foi um dos grandes erros da administração atual. Se tivermos que mantê-los por conta de questões históricas (o que é perfeitamente discutível) no meu ver a única rua que deveria ser mantido é a primeira e mais antiga da cidade: rua José Lucas. Talvez os entornos das pç da matriz, do rosário e rua debaixo, ou rua José Alvim. Todas as demais ruas, manter os paralelepípedos sob o argumento de preservação histórica, é um grande equívoco cometido pela administração, e virá-los então, como diz o bordão humorístico "...melhor nem comentar". Ora, se a rua mais antiga e de onde estão os mais importantes prédios históricos de Atibaia, que ao meu ver são: igrejas matriz, rosário, casarão e museu João Batista Conti (imóvel este na praça Bento Paes) não tem mais paralelepípedos, razão não há, nem histórica, nem de outra ordem para manter em nenhuma outra rua da cidade, exceto pela impermeabilização do solo que é outro aspecto bem discutível também. Enfim, acabo aqui minhas considerações sobre a reforma no centro antigo da cidade e por favor, concordem e principalmente n concordem comigo. Abraço!
Coceito de praças
Respeito totalmente a opinião da amiga que falou acima, e concordo que o conceito de praça varia de País a País, mas acredito que a praça não agradou, simplesmente porque para nós, o conceito de praça bonita é aquela cheia de árvores e canteiros e isso, insisto não é conceito de praça e sim de jardim público ou parque. As pessoas não gostaram não porque está feio, pois não está, mas sim porque não estão acostumadas com praças com áreas livres e de boa extensão. A praça pincipal e ou mais antiga de uma cidade, e que geralmente fica a igreja matriz da localidade, deve ter empregado o conceito clássico de praça, ou seja, espaço livre para a população e que possa ser usado para eventos de toda e qualquer natureza. Outras praças, mais distantes dos centros históricos das cidades, podem sim ter um caráter diferente e mais próximo ao de um jardim público, mas a praça principal e ou primeira de uma cidade, onde se faz eventos sociais, religiosos, culturais, deve sim ser como a nova reforma fez, pois o principal objeto é dar a praça mais espaço, mais acessibilidade, todando-a de condições para abrigar eventos de toda natureza. Não sou da administração do PV, pelo contrário, meu partido faz oposição responsável a ela, mas tenho que ser justo em admitir que a praça ficará mais bonita e mais próxima do que um dia foi. Amo Atibaia, e estudo há muitos anos sua história, pois minhas raízes maternas, são todas daqui desde sua fundação. Fico feliz com o debate e nem quero que concordem comigo, muito pelo contrário, mas acho que o conceito de praça, especialmente a praça que acompanha a igreja matriz de uma cidade, deva ser reediscutido e visto de modo diferente do que se vê. A praça não está e nem ficará no final da obra feia, apenas diferente, e o diferente as vezes não agrada, simplesmente porque é diferente não porque é feio. Enfim, vamos continuar a discutir o assunto sem a pretensão outra senao a contribuição com nossa cidade. Valeu!
coreto
Para o Walter: ,Se tu leu um dos meus textos acima, pode ver que o coreto que existia na matriz não tem tradição histórica alguma, lá foi colicado na década de 1970 logo após terem derrubado o belo hotel municipal da cidade. A destruição do hotel, sim foi um crime, pois era uma construção bem mais antiga e com bastante significação histórica. Já os coretos são construções relativamentes recentes e não tem quase nenhuma tradição histórica. E o nosso tampouco, visto que não tinha mais que 40 anos. Para o amigo que se manifestou antes do Walter, respeito sua opinião, mas continuo achando que o que deve ter de mais belo numa praça central, é o povo, as manifestações de toda ordem, como festas, exposições de artesanato, etc... uma praça central precisa ter espaço para ser usada pelo povo e para isso ela tem que ter amplo espaço. Insisto, praça é isso: espaço livre e de uso de todos. Enfim, continuo achando que no final da obra, que está incompleta, vamos perceber o belo espaço criado com a reforma e perceber que a criatividade que o amigo diz ter faltando, será manifestada na boa utilização daquele espaço por todos.... Temos um belo coreto na praça do mercado, outro em caetetuba e o que foi tirado da praça da matriz pode muito bem ser colocado numa das praças e jardins abandonados de nossa cidade.
Considerações
Primeiro gostaria de ressaltar que nossa cidade tem pouca coisa de histórica. A maior parte foi destruída ou completamente refeita, desfeita, demolida, descaracteriza, etc, durante os anos. Não é pq a praça estava lá daquela forma desde que nós nascemos que ela é um patrimônio histórico, até pq a maior parte das pessoas que postaram aqui são pessoas jovens. Lembram quando a Igreja da Matriz perdeu o seu azul calcinha da fachada para a cor que lá está hoje? Muita gente odiou! Hoje ninguem consegue imaginar a Matriz sem aquela cor de burro quando foge.
Os argumentos do Adriano são ótimos, bem conceitualizados, mas não tiram a impressão inicial de que a praça tá bem feia. E eu não estou apenas dizendo pq ela está inacabada, mas pq a tentativa de dar um ar simétrico a uma coisa torta utilizando-se para isso de linhas retas ficou um pouco estranho... parece que ampliou a assimetria que era escondida pelas curvas dos canteiros.
Claro que a relação com o novo, o estranho, o outro é bem complexa no início. A nossa identificação com a praça antiga será o parametro para nossa primeira análise. Garanto que quem odiava a praça antiga verá essa nova com olhos um pouco melhores do que aqueles que gostavam.
Só espero que o conceito de praça apresentado pelo Adriano se concretize na medida em que esta é um local para a realização de eventos de participação popular. Para transformarmos essa praça em um local legítimo para a realização de sua função social, servir para o povo, devemos democratizar os meios de transporte, pois para uma família do bairro do Imperial composta por pai, mãe e seus filhos de 7 e 8 anos utilizarem-na durante um final de semana para tomar um sorvete eles deverão desembolsar a bagatela de R$18,00 só de passagem de ônibus!!! Isso é ferir o direito de ir e vir! E faz com que este pai prefira se enfiar em 60 parcelas em um carro velho que junto a carros novos e velhos poluem e transformam nossa cidade no caos que está hoje e faz com que tenhamos que discutir em outro tópico a rotatória da cidade!
Abraços
Resposta ao Paulo
Pô, legal discutir com pessoas inteligentes.... e o Paulo é sem dúvida uma dessas pessoas. Concordo com tudo que ele disse e reitero tudo que disse, pois na minha ótica, a praça principal ou mais antiga ou se quiserem a da matriz de uma cidade, deve ser uma praça, no sentido mais clássico e conceitual, ou seja, praça é um local bem amplo, bem aberto, a fim de propiciar encontros de toda ordem, especialmente os culturais e festivos ligados a cidade. Em linhas gerais, praça é praça e jardim público é outra coisa. Adoro jardins públicos que erroneamente, no sentido conceitual, são chamados de praça, como a da santa casa, por expemplo. Acho lugares agradáveis, onde a população pode passear, curti o verde das árvores e dos canteiros..... mas praça é outra coisa e bem parecida com o que está ficando após a reforma e insisto que a praça primeira, ou principal ou mais antiga deva ter ares de praça e não de jardim.... Não me entendam mal, pois adoro verde, aliás, considero-me mais ambientalista do que muitos pevistas de Atibaia... rssssssss. Contudo, a praça mais antiga de uma cidade, que é quase sempre a da matriz deve ser um local amplo que possibilite grandes reuniões, e nesse aspecto a reforma acertou. Claro, Paulo, que se poderia acregar a praça valores culturais como esculturas temporárias e outras até definitivas. Outra coisa que poderia ser feito, na minha opinião é a colocação de painéis com fotos e textos que falassem da história da cidade e da praça, que pode ser considerado um marco zero da cidade. Campinas tem esses painéis e são muitos interessantes, especialmente para quem gosta de história como eu e com certeza o Paulo, que é formado em história. Enfim, pode-se ainda ser agregado valores a praça, mas no geral ela me agrada muito pelas razões que já expus. Mas, repito, não sou dono da verdade, muito pelo contrário, só quero contribuir para discussão, mesmo sendo defensor de algo que aparentemente não é agrada a maioria....
Resposta a Isabella
Oi Isabella, respeito totalmente sua opinião e concordo que o verde diminuiu relativamente um pouco, digo relativamente porque antes haviam mais canteiros e algumas poucas árvores a mais, mas muito menos do que parece ser ... Hoje tem menos árvores sim, mas as retiradas não são tantas assim, e as palmeiras plantadas na lateral da igreja acho que superam as retiradas. Contudo, Isabela, o que eu insisto é que praça é praça e parque e ou jardim público é outra coisa. Numa praça, especialmente a principal ou da matriz, ou mais antiga de uma cidade o espaço deve ser livre para utilização do povo em eventos de toda ordem, devendo prevalecer ao verde, aos canteiros, etc.... Esse é o ponto chave da discussão. O Paulo tem razão quando fala do novo e de nossa aceitação ao novo. E tenho certeza que o novo e o diferente incomoda muito mais que qualquer outra coisa, afinal, se olharmos uma praça como uma praça, a reforma está muito boa pois traz ares de praça a praça. Árvores e canteiros que impedem a circulação são para jardins, parques e similares, praça é para gente, eventos, especialmente os culturais, religiosos, políticos, etc.... Vamos aguardar a reforma terminar, mas concordo que poderia-se agregar a praça obras de arte, talvez uma bela fonte numa de suas estremidades, mas mantendo-se sua amplitude e área livre para circulação e aglomeração de pessoas. Se eu fosse prefeito eu 'compraria' o imóvel 'colado' com a praça da frente, aquele que a parede lateral tem a pintura do antigo hotel e faria uma entrada através da pintura que poderia ser refeita, de modo que se entraria no imóvel pela porta pintada, que passaria a ser um porta de verdade e no imóvel eu faria uma área destinada a exposição permanente de artesanatos, um ponto de informação turística e o teto do imóvel eu faria um palco permanente de concreto para shows, onde nos eventos só se colocaria a cobertura do palco, o resto já estaria pronto, tudo isso no imóvel que estou falando, ou aumentaria a praça, mas prefiro a primeira opção. Enfim, vamos continuar
Resposta ao Paulo 2
Quanto a utilização social da praça, com certeza a administração deve promover eventos e autorizar o uso da praça de modo que ela sirva verdadeiramente aos fins social e cutural para o qual existe desde os primordios dos tempos..... Sendo ela um local amplo e bem localizado, como sempre deve ser uma praça central o seu uso depende bastante do povo organizado e de uma boa visão da administração pública que esperamos que incentive os eventos sociais e culturais e promova cada vez mais tanto outros eventos. Já com relação a democratização dos meios de transportes referido pelo Paulo, temos que em quase todos os municípios brasileiros o transporte público é gerido é controlado pelo poder público que concede a particulares a exploração comercial do transporte, mas sempre controlando e fiscalizando a prestação desse serviço. Sem, falsas demagogias, hoje são raríssimos os muncipios que exploram o serviço público, que como eu disse é concedido através de processo licitatório a um particular. Hoje democratizar de verdade os meios de transportes depende efetivamente muito mais da administração pública do que do concessionário do serviço, na medida que é o poder público que estabelece as normas de prestação do serviço, cabendo ao concessionário que vencer a licitação, cumprir as regras estabelecidas pelo poder público. O poder público deve exigir aumento de linhas e horários que democratizem a utilização desse meio e quanto ao preço desse serviço, isso depende de regras licitatórias estabelecidas pelo poder público de modo que o valor cobrado pelas passagens está definido através de uma planilha de custo definida em edital, etc. Não podemos aceitar argumentos demagógicos em contrário que apenas refletem questões políticas e pessoais na nossa cidade abusando da boa fé da gente mais simples. Sou inteiramente a favor da democratização dos meios de tranportes, afinal o transporte público, além de imprescindível para locomoção dos menos favorecidos e desprovidos de meios próprios de transporte é cada vez mais imprescindível ....
Resposta ao Paulo 3
(...) nas questões ecológicas e do uso racional dos meios de transportes, tendo em vista a grande quantidade de veículos particulares nas vias públicas e suas consequentes causas. Meu caro, Paulo, não defendo o concessionário público de transportes de nossa cidade porque ele é do meu partido e foi o nosso candidato a prefeito nas ultimas eleições, aliás, eu a princípio nem fui a favor de sua candidatura e até lancei-me pré candidato dentro do meu partido contra a sua candidatura e ao final em nome da unidade partidária e da minha falta de recursos, acabei retirando minha pré-candidatura em prol da dele, por acreditar que sua eleição era evidentemente mais viável eleitoralmente falando e que sua vitória traria benifícios a nossa gente. Mas a população de nossa querida cidade, fez outra legítima escolha e espero que essa escolha também traga benefícios para nossa gente. Afinal, nunca fiz a política do quanto pior melhor ou da oposição radical ao que quer que seja. Eu só acho que transporte público, sua qualidade, preço, etc, depende efetivamente do poder público, posto que é o regulamentador e fiscalizador desse serviço, o resto é demagogia e nao querer assumir o que é de responsabilidade dele. Enfim, o padrão do serviço prestado pelo concessionário, os horários, as linhas devem ser estabelecidos e fiscalizados pelo poder público, cabendo ao concessionário pagar pelo serviço tercerizado ao poder público e receber de quem utiliza dos serviços o valor também estabelecido pela administração pública através de uma planilha de custos definida em processo licitatório. Negar isso é brincar com a boa fé de nossa gente e devemos esclarecer isso e não entrarmos nessa demagogia barata. Você é um jovem inteligente, politizado e com futuro político promissor, tenho certeza disso, aliás admiro vc desde 2004 quando estivemos juntos na campanha eleitoral daquele ano, além do mais o gosto pela história me parece ser algo que temos um comum. Sem pretenção de ser o dono da verdade, vamos continuar o debate, com respeito e admiração.
Resposta ao "Driih"
Muito interessante a cronologia da praça feito pelo amigo que postou as duas mensagens anterior. Eu particularmente gosto muito de datas e acho a cronologia um meio bem eficiente e didático de se aprender históira. Gostei muito cara. Acho que vc foi muito feliz a abordar as características e mudanças da praça ao longo do tempo e sem dúvida a constatação que nada é eterno é uma das grandes verdades da vida e um de seus maiores encantos na minha opinião. Enfim, vc tem muita razão quando fala do ínicio da praça, sem ser claro fala de sua precariedade com muita razão, afinal, as cidades paulistas, exceto algumas, evidente, eram pobres e nem seus centros tinham suas ruas e praças calçadas. Ao que parece (não tenho certeza) o calçamento da primeira rua de Atibaia (que foi, a José Lucas, claro) se deu na segunda metada da década de 1930 (muito tardiamente) visto que com a morte do grande líder político, Major Alvim em 1936, resoulveu-se homenagea-lo com uma estatua de tamanho natural em frente a igreja da matriz, portanto, na praça Claudino Alves, de frente para rua José Lucas e a pueira era tanta que resolveram, por causa da estátua também calçar a primeira rua atibaiana e só no final da década de 1930 tivemos nossa primeira e mais antiga rua calçada. Nosso amigo foi muito feliz na abordagem que fez das reformas da praça; evidentemente houveram outras menores, mas acredito que as principais são as abordadas por ele sem dúvida. Acho que o visual conhecido antes da reforma em andamento consolidou a após a retirado dos "morrrinhos" horríveis feitos na década de 1970, não sei se na administração de Omar Zigaib (1971 a 1975) Cido Franco (1975 a 1979) ou de Takao Ono (1979 a 1982). O certo é que no início da década de 1980, os horríves morrinhos não existiam mais (vou perguntar ao ex-prefeito Gilberto, mas acho que ele foi o responsável pela ultima grande reforma ou seu antecessor, o já falecido Takao Ono). O certo é que Callegari fez talvez a ultima grande reforma, mas sem modificar o estilo da praça. De novo ele fez....
resposta ao "Driih" 2
.... Então, a reforma do Callegari (1993/1996) de mais importante resultou na pintura do antigo hotel municipal na pareda da casa da Lana Peçanha (minha parente), mas manteve as características da ultima grande reforma feita pelo Takao ou Gilberto. Quanto as árvores tiradas, nem foram tantas assim meu caro, tenha certeza. Acho que para uma praça central as árvores que restaram são em número suficiente, pois repito mais uma vez: praça é praça e parque ou jardim público é outra coisa. Os bancos hoje são em número muito maior que os de antes da reforma e com a vantagem de não estarem fixos no chão, o que considero uma ótima idéias, pois possibilita sua colecação a gosto do freguês da praça e possibilita também sua retirada momentânea, caso haja necessidade. Enfim, parabéns por sua cronologia da praça. Vou pesquisar melhor para precisar as reformas da praça, mas em linhas gerais vc foi muito feliz cara. Parabéns. Eu continuo convicto que a reforma foi muito positiva em vários aspectos e que no final a praça ficará linda e será um belo cartão postal de nossa cidade. AbraEsclarecimentos históricosobre as últimas reformas
Acabei de falar com o ex-prefeito Gilberto, meu amigo pessoal, e descobri o seguinte sobre as últimas reformas da praça: Os 'morrinhos', foram feitos na gestão de Omar Zigaib (1971/75). A última grande reforma foi feita por Cido Franco (1975/1979) quando derrubou-se o hotel municipal (crime, na minha opinião) construiu-se o coreto que foi retirado na última reforma (que para mim, não deixou saudade alguma) e retirado os morrinhos ... Nem Takao, nem Gilberto, nem Cido, no segundo mandato, mexeram na praça. Somente Callegari fez pequenas reformas, sem alterar suas características principais adquiridas na ultima grande reforma feita na primeira gestão de Cido Franco. Portanto, as duas ultimas grandes roformas da nossa praça da matriz ocorreram na gestão de Cido Franco (1975/79), quando o hotel foi derrubado, o coreto foi construído e os horrívesi 'morrinhos' foram tirados e no final final da segunda gestão do Beto Tricoli (no apagar das luzes de sua administração e que ainda segue sob sua batuta). Vou pesquisar mais sobre quem colocou a fonte citada pelo "Driih", mas tudo indica que deve ter sido, Omar Zigaib no início da década de 1970. Já dá para concluir que as grandes reformas foram: 1) na segunda metade da deçada de 1930 com o provável calçamento da praça e a colocação da estátua do major em substituição ao que deve ter sido o primeiro coreto da praça. A citada estátua deve ter sido removida da praça também na gestão de Omar Zigaib. 2) nas duas reformas da década de 1970 (de Omar e Cido) e 3) a atual, que considero positiva por tudo que já expus. Espero ter contribuído com os esclarecimentos históricos levantados pelo "Driih".... Continuemos outra hora.ços e vamos continuar o debate.

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